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Adolescentes ilustram comunidade com técnicas do grafite

Há um mês crianças e adolescentes que participam do Serviço de Convivências para Crianças e Adolescentes de 6 a 17 anos, da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc), estão conhecendo melhor a comunidade. Nesta semana as paredes do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Santa Luzia, onde acontece a oficina de grafite, começaram a ganhar um colorido especial. Os 100 usuários do serviço fizeram diversos desenhos para grafitar as paredes e muros do Centro.

Só que os desenhos que começam a ganhar forma nas paredes do Cras possuem um grande significado para os participantes da oficina. O facilitador de grafite, Ricardo Bernardo, conhecido como Herok, lançou o desafio de identificar as principais características dos bairros atendidos pelo serviço no Cras. Nas aulas os grupos andaram pelas ruas da grande Santa Luzia, conversaram com moradores, para pontuar os destaques. “Na sala cada um fez um desenho, nós juntamos e fizemos um só para grafitar. De todas as ideias, conseguimos juntar as formas de expressões para um único desenho”, comentou.

Herok conta que cada bairro possui a sua peculiaridade. Para simbolizar o bairro Progresso foi escolhido o trem, já da Vila Manaus foi escolhido um tubo. “Em todos os desenhos eles fizeram o tubo da Vila Manaus. Os moradores contam que foi a solução para as cheias na comunidade. O tudo passa entre as casas e desemboca no rio”, recordou. A adolescente Saionara Simão, de 13 anos, moradora do Jardim União, está animada com o projeto. “Gostei de andar pelas ruas e apontar as características dos bairros. No grafite que estamos fazendo tem um pouco do meu desenho, como o tubo e as casas ao redor”, analisou.

Para Vitória Tereza dos Santos Nunes Flores, de 12 anos, foi muito legal juntar todos os bairros em um só desenho. “Aqui no Cras nós ficamos todos juntos. No desenho aconteceu da mesma forma”, considerou a garota. Já para a moradora do bairro Mineira Velha, Ana Roberta, de 13 anos, o projeto foi a oportunidade de conhecer os bairros que compõem a região do Cras. “Eu venho para Santa Luzia todos os dias, mas nem sabia que tinha uma igreja na outra rua”, falou entusiasmada.

O facilitador afirma que a meta é concluir os trabalhos nas paredes em um mês. “Depois de darmos outra cara para o Cras, e treinar as técnicas, vamos para as ruas fazer intervenções urbanas. Queremos grafitar bocas de lobo, pontos de ônibus, enfim, o que tivermos permissão”, salientou alertando que esta é uma das diferenças do grafite e a pichação. Sendo que a pichação é vandalismo, já o grafite uma arte de rua.

Colaboração: Jussi Moraes/Comunicação Afasc

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