Geral

As histórias do casal mais querido pela criançada

Há 15 anos casal dá vida ao Papai e Mamãe Noel do Criciúma Shopping.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Há 15 anos, Aderbal da Silva Santos recebia um importante chamado: dar vida ao personagem mais querido e amado pelo público infantil, o Papai Noel. De lá para cá, ele e a esposa, Lenice Alves Santos, a Mamãe Noel, colecionam diversas histórias que envolvem crianças, adolescentes e, até mesmo, adultos da Região Sul de Santa Catarina que passaram pelo Criciúma Shopping durante os últimos Natais.

O envolvimento do casal neste período é tão grande que eles sentem falta quando chega ao fim o período natalino. “É tão gostoso ser Papai Noel que quanto termina dá uma dor no coração. Este ano eu havia prometido que não iria me transformar no personagem, pois já estou há muito tempo na função, mas quando fizeram o convite eu não resisti e aceitei novamente porque é muito gostoso. O mais legal é ver o sorriso da criançada”, comenta Aderbal.

Para ele, o melhor da atividade é receber o carinho e a atenção dos pequenos. Por isso, todas as cartinhas entregues nesses 15 anos de trajetória são guardadas pelo casal, bem como todas as roupas e fotografias. O envolvimento é tanto que eles lutam para realizar o desejo de algumas das crianças. “Quando eles deixam o endereço eu vou atrás de doação. Mas antes eu procuro saber se a criança é realmente necessitada. Teve um ano que uma menina pediu material escolar. Só pelo tipo de pedido já dava pra ver que ela realmente precisava”, coloca Aderbal.

Nem só de alegrias vivem o Papai e a Mamãe Noel

De acordo com Aderbal, se engana quem pensa que o Papai e a Mamãe Noel são procurados apenas pelas crianças. “Muitas pessoas continuam vindo ao empreendimento para tirar fotos com a gente mesmo depois de grande. Tinha um menino, o Guilherme, que vinha nos visitar desde os quatro anos. Ele começou a namorar e a levou para conhecermos, depois noivou, casou e veio nos contar. No último ano que o vimos, ele comentou que estava com um tumor. No ano seguinte ele não apareceu, foi quando ficamos sabendo que ele tinha falecido. Para mim foi como se tivesse perdido um filho”, frisa o Bom Velhinho. “Sabia que ele tinha carinho e amor por nós, e nós também tínhamos por ele”, completa a Mamãe Noel.

Para Lenice, o mais difícil no início da atividade foi o preconceito. Ela conta que como as pessoas não eram acostumadas com a Mamãe Noel, acabavam não aceitando a ideia de o Bom Velhinho ser casado. “Os próprios adultos comentavam. Não queriam tirar foto comigo, só com o Papai Noel. Quase pensei em desistir. Mas continuei e hoje já não existe mais Papai Noel sem a Mamãe”, sublinha.

O casal pode ser visitado no Criciúma Shopping de segunda a sexta-feira das 18h às 22 horas. Nos sábados, domingos e feriados o atendimento ocorre das 15h às 22 horas.

Colaboração: Amanda Tesman/Ápice Comunicação