Economia

Carvão Mineral apresenta alternativas para diminuir efeito estufa ao Ministério do Meio Ambiente

Na última sexta-feira (4), dia que entrou em vigor o Acordo de Paris, indústria carbonífera entregou documento ao Ministério do Meio Ambiente.

Foto: Amanda Rodrigues Anselmo

Foto: Amanda Rodrigues Anselmo

Com a intenção de contribuir com a mitigação de gases de efeito estufa, a Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), através do seu presidente, Fernando Zancan, entregou, na última sexta-feira (4), ao Ministério de Meio Ambiente, em Brasília, a sua proposta para contribuir com o estabelecido pela Política de Mudanças Climáticas.

“Os recursos energéticos do carvão mineral, patrimônio público, operado por uma indústria que gera emprego e renda de forma intensiva, usados de forma sustentável tem muito a contribuir para o crescimento de nosso país. O Setor carbonífero nacional é o primeiro a fazer isso no Brasil e esperamos que outros também o façam”, conta o presidente da ABCM, Fernando Zancan.

Para a política entregue pelo setor carbonífero ser implementada é preciso do apoio dos Ministérios do Meio Ambiente, Minas e Energia e Ciência, Tecnologia e inovação, já que seu desenho de ações é de curto, médio e longo prazos.

“Esta plataforma compreende três ações: Renovação do parque existente com aumento de eficiência e redução de emissão; Uso de biomassa, onde disponível e economicamente viável, em conjunto com o carvão mineral de modo a reduzir o coeficiente de emissão por MWh, e Incentivo à tecnologia do uso e/ou armazenamento e captura de carbono no Brasil – CCUS”, explica Zancan.

O primeiro passo para as ações que o Carvão Mineral propos já foi dado com a implementação do artigo 20 na MP 735, em que elaborou em conjunto com o legislativo brasileiro, uma legislação para substituir o parque termelétrico antigo a carvão mineral nacional ora existente, por unidades térmicas com maior eficiência.

A substituição ocorrerá com a entrada em operação de novas usinas à partir de 2023 até 2027, onde deverá, no mínimo, reduzir 10% dos gases de efeito estufa (CO2/kWh) em relação ao atual parque.

“A indústria carbonífera entende que o caminho tecnológico, além do aumento de eficiência das plantas, incorpora o uso de biomassa na produção de energia a carvão. Projetos onde haja disponibillidade de produção de biomassa de forma econômica devem ser incentivados dentro de uma política pública de leilões de energia nova. Por outro lado, com o intuito de atingir a maior redução dos gases de efeito estufa (CO2/KWh gerado) podendo resultar na diminuição em até 90% no longo prazo. Entendemos que deve-se incentivar a tecnologia do uso e/ou armazenamento e captura de carbono no Brasil – CCUS. Sugerimos que, em conjunto, academia, Ministérios (Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação e Minas e Energia) estruturem um Centro de CCUS no Brasil, visando organizar e estruturar projetos com foco em plantas piloto, fortalecendo teses de mestrado e doutorado com isso capacitando o pessoal necessário para desenvolver e implantar essa tecnologia no Brasil, não só para indústria do petróleo e gás, mas também para as indústrias do cimento e siderurgia, que usam combustíveis fósseis”, argumenta o presidente da ABCM.

Com a entrega dessas propostas, a indústria carbonífera firma a posição de comprometimento em buscar e apoiar outras medidas que possam contribuir para que o Brasil possa atender seus compromissos internacionais e ao mesmo tempo buscar o seu desenvolvimento econômico e social, foco de sua visão de sustentabilidade.

Colaboração: Lucas Jorge – Assessoria de Imprensa Siecesc