Educação

Crianças descobrem o mundo com os pés

Professoras do CEI Afasc Branca de Neve pintam os pés dos alunos para simbolizar fundo do mar

“História de criança é como história de pescador. O mar é profundo, mas mais profunda ainda é a sua imaginação”. Com base nessas afirmações está sendo realizado um projeto diferente com as crianças do Centro de Educação Infantil (CEI) da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc) Branca de Neve. As professoras do grupo quatro pintaram os pés dos pequenos para simbolizar o fundo do mar, já que é com os pés que as crianças descobrem o mundo.

A professora do grupo, Gislaine Simas da Silva Stefane, conta que estava olhando uma revista quando viu a propaganda de um calçado com crianças com os pés pintados. “Era história de pescador, que sempre tem algo para contar. Igual criança que conta história com começo, meio e muitas vezes sem fim”, considerou. Com a imagem da revista, ela e a outra professora da turma, Rosilene Fortunato Dias, decidiram iniciar um projeto na turma.

Os pés dos pequenos foram todos pintados e da experiência foi construída uma história coletiva. Os pés pintados em azul, representam o fundo do mar, foram carimbados em um papel pardo. “Nós colocamos todos em volta do papel e ali as crianças pescam e contam histórias”, detalhou.

Gislaine explica que a relação com os pés no projeto é que as pessoas descobrem o mundo com os pés. “Com isso deixamos a imaginação deles funcionar, vinculada ao pedagógico”, contou dizendo que com o projeto as crianças desenvolvem as palavras, vocabulário, expressão vocal e corporal. “Também estamos valorizando a profissão de pescador, pois temos muitos na nossa região e precisam ser respeitados”, enfatizou. Para a pequena Ana Julia, de 4 anos, a pintura nos pés foi a sensação do dia. “O mar é gelado, mas fica bonito nos pés. Tem um peixe no meu mar e ele é colorido. Já vi até tartaruga e às vezes tubarão”, contou enquanto viajava pela imaginação.

A coordenadora do Departamento de Educação Infantil (DEI), Elen Marcelino Jaques, afirma que a professora, com uma simples ação, consegue trabalhar várias áreas do conhecimento. “O projeto é muito rico e agora ainda terá continuidade com a produção das histórias individuais”, elogiou a iniciativa.

Colaboração: Jussi Moraes

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