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Greve dos mineiros inicia na próxima quinta-feira na região

Foto: Divulgação

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Está definido. Em assembleia realizada nos cinco sindicatos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), na manhã deste sábado, os trabalhadores de carboníferas da região decidiram por entrar em greve por tempo indeterminado.  O movimento oficial inicia a partir da zero hora da próxima quinta-feira, dia 6 fevereiro.

A assembleia aconteceu simultaneamente em Criciúma, Forquilhinha, Lauro Müller, Siderópolis e Urussanga, reunindo um grande número de trabalhadores de toda região. Dos cinco sindicatos, apenas o Siderópolis definiu o início para quinta-feira (6). Os demais iniciarão a greve na próxima dia 10 (segunda-feira).

“A categoria está bastante unida, temos certeza de que juntos iremos fazer as negociações avançarem. Acreditamos que iremos contar com 100% de adesão dos trabalhadores. Será um grande movimento”, declara o presidente da Federação dos Mineiros, Genoir José dos Santos, o Foquinha.

A diferença entre o valor oferecido pelas empresas e o reivindicado pelos trabalhadores é grande. Além dos 5,56% da inflação, os mineiros almejam mais 10% de aumento real, enquanto o sindicado patronal oferece o valor da inflação mais 1,44%. A categoria também reivindica cláusulas sociais, como cesta básica, plano de saúde, lucro e resultados no rendimento da empresa, entre outros benefícios.

Mineradoras que terão as atividades paralisadas na quinta-feira (dia 6):

Mineração Gabriela (Siderópolis); Carbonífera Belluno (Treviso);  Comin e Companhia (Treviso); Carbonífera Rio Deserto (Treviso), Carbonífera Metropolitana (Treviso) .

Mineradoras que terão as atividades paralisadas na segunda-feira (dia 10):

Carbonífera Criciúma; Cooperminas; Carbonífera Catarinense (Lauro Müller), Indústria Rio Deserto (Içara), Cabonífera Belluno (Lauro Müller) – Carbonífera Siderópolis (Urussanga).

Essas empresas, segundo Foquinha, são responsáveis por 50% de todo carvão destinado para produção de energia elétrica da Tractebel Energia. Ao todo, 1,5 mil profissionais ficarão parados com a greve. 

De acordo com dados dos sindicatos, a última greve realizada pela categoria dos mineiros foi em 1996, quando os trabalhos foram paralisados por 45 dias.