Foto: Saulo Pithan/Jornal Correio do Sul/Clicatribuna
Médicos da região oficializaram na tarde de ontem (18) a denúncia contra uma médica cubana, que estaria em exercício ilegal da profissão, ao Conselho Regional de Medicina (CRM) em Araranguá. A profissional atuou no atendimento ao piloto, Edson Beber, 46 anos, que morreu após capotar o veículo no final da pista de corrida na 24ª Arrancada Internacional de Caminhões no domingo. Conforme o site Clicatribuna, a denúncia foi recebida pelo delegado do CRM do município, Luís Tadeo Filho.
O médico José Nixon Batista, integrante da comissão que denunciou o caso, explica que o atendimento ao piloto morto foi realizado pela médica cubana, que desde dezembro do ano passado trabalha no Balneário Arroio do Silva, contratada através do Programa Mais Médicos. Segundo a denúncia, ela teria sido contratada por uma empresa privada para trabalhar durante o evento, o que o governo brasileiro considera como ilegal, já que a autorização de trabalho aos profissionais estrangeiros é exclusiva ao programa de assistência básica.
Procedimentos irregulares
A médica cubana, segundo os médicos autores da denúncia, teria feito parte da equipe de emergência que atendeu Beber e realizado inclusive procedimentos tecnicamente irregulares. Os médicos defendem que ela não poderia ter atuado fora da unidade básica de saúde, ainda mais para uma empresa privada. Após analisar as imagens, Batista afirma que houve erros na prestação do atendimento.
“Qualquer médico experiente que olhar aquela foto vai ver que o paciente estava sendo entubado de forma errada. O tubo estava do lado contrário” conta. A Polícia Civil aguarda os laudos para constatar se a morte foi instantânea, como divulgada pelo Corpo de Bombeiros, ou se houve negligência médica no atendimento. A Prefeitura Municipal de Balneário Arroio do Silva não quis se manifestar sobre o assunto. Uma coletiva de imprensa será marcada, ainda sem data definida, para esclarecer sobre o caso, informou a Secretária Municipal de Saúde, Patrícia Paladini.
