Segurança

Menina de oito meses morre afogada dentro de balde

“Foi tão trágico que o balde nem virou”, lamenta um dos socorristas do Corpo de Bombeiros

Foto: Lucas Mendes/Clicatribuna

Foto: Lucas Mendes/Clicatribuna

Uma fatalidade foi registrada na tarde desta quinta-feira, no Bairro São Luiz, em Criciúma. Uma menina de apenas oito meses morreu afogada em um balde, em casa, num momento de distração da mãe. Segundo relato da mulher ao Corpo de Bombeiros, havia produtos de limpeza misturados com a água. “Foi tão trágico que o balde nem virou”, lamenta o soldado Luiz Henrique, que está de serviço no veículo Auto Socorro de Urgência (ASU), dos bombeiros.

A mulher procurou ajuda no posto de saúde do bairro, e como não havia gente capacitada no local para atender o caso, ela acionou os socorristas. “Quando chegamos, a criança já não apresentava mais os sinais vitais. Realizamos todos os procedimentos de reanimação, mas ela já chegou em óbito no Hospital Santa Catarina. A equipe da unidade hospitalar foi bastante insistente e tentou de todas as formas, inclusive com o uso de medicamentos, a reanimar a pequena”, relatou o soldado ao site Clicatribuna.

Cuidados com os pequenos

O bombeiro orienta a quem tiver crianças em casa, que redobre a atenção, e restrinja os espaços destinados ao lazer, ou mesmo os locais em que a criança tenha acesso para engatinhar. “Não deve haver nenhum objeto cortante, ou que possa ser engolido, nem água, nem balde. As tomadas devem ser protegidas, e as portas de dispensas ou qualquer outra coisa que de acesso a material de limpeza, cosmético, ou algo que possa colocar a criança em perigo, devem estar bem fechadas. Se possível, manter esses produtos no alto, ou dentro de um local bastante coberto, sem nenhum imóvel ou qualquer outra coisa que dê acesso”, orienta o soldado Luiz.

O militar também orienta a quem acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou o próprio Corpo de Bombeiros, que mantenha calma para informar corretamente o endereço. “Com isso o atendimento será mais rápido e nosso tempo-resposta será menor”, ressalta. O corpo da pequena foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Criciúma. A Polícia Civil deve apurar o caso. Não está descartado que a mãe possa responder por homicídio culposo (quando não a intenção de matar).

Outras fatalidades

Na tarde de 15 de junho de 2008, Larissa Martins de Almeida, de um ano e dez meses também morreu afogada em um balde, em casa, no Bairro São Francisco, em Criciúma. O balde também era usado para a limpeza e estava na cozinha. A mãe estendia roupa no momento em que a criança se afogou. No ano passado, na tarde de 2 de janeiro, o pequeno Kauã da Luz Godim, de dois anos, morreu engasgado com uma bolinha da plástico. O caso ocorreu no Bairro Estação, em Urussanga. O objeto era um pouco maior do que uma bola de pingue-pongue.