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Ministério da Agricultura cria programa para o desenvolvimento do setor leiteiro

Foto: Divulgação

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Os produtores de leite de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e Minas Gerais poderão contar com um novo programa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) voltado para aumentar a competitividade da cadeia produtiva do leite. O Mapa divulgou na última sexta-feira (27) as diretrizes do novo programa, que deverá ser apresentado ainda este mês pela ministra Kátia Abreu.  

O programa se destina para pequenos e grandes produtores dos cinco estados que, juntos, são responsáveis por 73% de toda a produção de leite brasileira.  Entre as ações previstas pelo Ministério estão a erradicação da brucelose e da tuberculose no rebanho leiteiro, a criação de um fundo indenizatório para eventuais abates decorridos de algumas doenças, o melhoramento genético do rebanho, o fornecimento de assistência técnica, a criação de novos laboratórios de análise da qualidade do leite, melhores condições para aquisição de crédito par custeio e o investimento e criação de um marco regulatório para o setor.

O fortalecimento da cadeia produtiva do leite é prioridade para Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul que, no último ano, se uniram e criaram a Aliança Láctea Sul Brasileira. Os três estados estudam ações conjuntas nas áreas de qualidade do leite, transferência de tecnologia, assistência técnica e qualificação, sanidade e inspeção, gestão industrial e transporte, e política tributária.  O secretário adjunto de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, explica que a Aliança Láctea e o novo programa do Ministério da Agricultura seguem a mesma orientação, que é o desenvolvimento do setor leiteiro para que seja capaz de enfrentar o mercado global.

Spies lembra que o leite é a atividade do setor agropecuário que mais cresce e tem os maiores ganhos a incorporar com a utilização de tecnologia e organização da cadeia produtiva. “O leite é candidato a ser mais uma estrela do nosso agronegócio e nós precisamos preparar esse setor para ser competitivo no mercado, ou seja, ser capaz de produzir leite bom, a custo competitivo e com qualidade”.

A região formada pelo oeste de Santa Catarina, noroeste do Rio Grande do Sul e sudoeste do Paraná é a que mais cresce em produtividade do leite no Brasil, devido, principalmente, ao clima favorável, mão de obra qualificada e presença de pastagem o ano todo.  Santa Catarina se destaca como o quinto produtor nacional de leite, com uma taxa de crescimento médio de 8,6% ao ano é responsável por 7,9% da produção do Brasil. Com 80 mil famílias rurais envolvidas, a produção de leite está localizada, principalmente, em pequenas propriedades de agricultores familiares, ou seja, mais de 60% das propriedades tem área total menor que 20 hectares.

Colaboração: Ana Ceron