Através de uma parceria entre o Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) Pinheirinho, da Secretaria Municipal de Saúde e Ordem dos Economistas do Estado de Santa Catarina (OESC), Seccional Sul, os frequentadores do Programa de Controle do Tabagismo (PCT) do Município de Criciúma, da região da grande Pinheirinho, receberam nesta sexta-feira, (11), um cofre para poupar as economias que antes eram gastas com a compra de cigarros. O evento foi realizado na sede da Cruz Vermelha. O objetivo da ação realizada pelos profissionais do NASF é estimular a ficarem longe do vicio diário de fumar.
Conforme o secretário Municipal de Saúde, Paulo Conti, o tratamento da pessoa tabagista apresenta ótimo custo-efetividade nos cuidados em saúde, principalmente relacionados às doenças crônicas. “Nosso município tem desenvolvido e colocado em prática o Programa de Controle do tabagismo nos postos de saúde com todo o apoio do NASF, que tem sido grandes guerreiros na luta por uma saúde melhor para os criciumenses. Essa parceria que fui criada entre o NASF e a Ordem dos Economistas, já vai dar uma ideia para que cada um dos ex-fumantes, com precisão do quanto gastava mensalmente com a compra de cigarro. Esse dinheiro vai servir para que eles possam adquirir outras coisas que realmente acrescente em suas vidas”,
De acordo com a coordenadora do PCT, Andreia Sharon Salomão, o tabagismo que anteriormente era visto como estilo de vida, atualmente é reconhecido como doença crônica, resultando na dependência química à droga nicotina, que expõe as pessoas a inúmeras substâncias tóxicas. “Essas pessoas são exemplos para outras pessoas pararem de fumar, pois estão buscando qualidade de vida. As pessoas têm vergonha de apertar a mão, dar um abraço, um beijo, por causa do cheiro do cigarro provoca. Os sintomas da falta do tabaco vão diminuindo com o passar do tratamento, que traz junto consigo uma melhora para a saúde. Hoje o cigarro já não é mais socialmente aceito, e crianças e adolescentes já estão com este pensamento”, comentou a coordenadora.
O programa que é realizado em aproximadamente 40 unidades de saúde do município visa trabalhar com aqueles que querem deixar de fumar, com atividades cognitivas (comportamentais e sessões estruturadas, manutenções das crises de abstinência, acompanhamentos e suporte medicamentoso com Terapia de Reposição de Nicotina (TRN) (adesivos de nicotina) e bupropiona. Os grupos são acompanhados dentro do programa durante por um período de um ano.
Segundo o farmacêutico do NASF, Donizete Velho, que conduz dois grupos de tabagismo realizados na Unidade de Saúde do Pinheirinho, um no período vespertino e outro noturno, o Núcleo desenvolve atividades multidisciplinares com diferentes profissionais, a fim de auxiliar no processo de cessar a prática de fumar. “Estamos pensando nos benefícios alcançados pelos ex-tabagistas sejam nos aspectos sociais, saúde e o econômico. O consumo do tabaco geralmente inicia na adolescência, em média entre 13 e 14 anos de idade. Quanto mais precoce o seu início, maior a gravidade da dependência aos problemas a ela associadas. A chegada destes cofres irá acumular quantitativamente um montante significativo dos valores gastos com esse vicio diariamente”, declarou o farmacêutico.
Tabagismo pode provocar mais de 50 doenças
Os dependentes do tabaco são as principais vitimas de doenças limitantes e muitas vezes fatais. Hoje existem mais de 50 doenças relacionadas ao tabagismo, atingindo principalmente o aparelho respiratório, cardiovascular, digestivo, neoplasias malignas, na gravidez e no feto, entre outros. Segundo Andreia, na queima de um cigarro, há produção de 4.720 substâncias, em 15 funções químicas, das quais 60 apresentam atividade cancerígena, e outras são reconhecidas tóxicas.
Grupos atendidos pelo NASF Pinheirinho participaram de festa julina
Além do grupo de Controle de Tabagismo, outros grupos que são atendidos pela equipe participaram da festa julina que conteve muitas guloseimas. O encontro foi realizado na sede da Cruz Vermelha, no bairro Pinheirinho. A festa teve como objetivo integrar a comunidade atendida na Unidade de Saúde, além de proporcionar lazer e oferecer atividades alternativas que produzam saúde.
Colaboração: Milena dos Santos/Diretoria Executiva de Comunicação
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