A assepsia é fundamental para amenizar os riscos de infecções dentro do hospital. Mas o controle e a prevenção não depende apenas da constante vigilância e limpeza. Muitos cuidados devem ser adotados pelos pacientes, visitantes e acompanhantes. “A prioridade é a higienização das mãos. Isto vale também para os profissionais de saúde. É a melhor forma de prevenção", coloca a coordenadora da central de material e esterilização do Hospital São Donato, Fabiane da Silva Felisbino.
"A orientação aos pacientes é usar somente os seus pertences. Os visitantes e acompanhantes não podem sentar nas camas, tampouco deitar devido ao risco de infecção que provocam com isso. Eles podem levar microrganismos ao paciente e ainda para fora do hospital. O mesmo cuidado devem ter as mães com os filhos. É proibido inclusive outra mulher amamentar a criança", alerta a enfermeira da comissão de controle de infecção hospitalar, Julia Silvestre Vidotto.
"O próprio acompanhante pode provocar a infecção cruzada ao visitar mais de um paciente. Para amenizar este risco, é preciso lavar as mãos e passar álcool gel a 70%", coloca Júlia. "Utilizamos produtos enzimáticos na lavagem para retirar qualquer bactéria e secreções. Os materiais dos procedimentos clínicos e cirúrgicos passam pela esterilização a 130 graus. Durante o atendimento é realizada também desinfecção diária. Após cada alta ocorre então a desinfecção total dos leitos", completa Fabiane.
No primeiro semestre deste ano, o hospital registrou sete casos de infecção hospitalar. Isto significa 0,43% de um total de 1625 internações. O índice é considerado baixo. Ainda assim, a meta é sempre reduzir ao máximo. Os pacientes que passam por intervenções cirúrgicas são monitorados até 30 dias após a realização do procedimento. O prazo se estende apenas na implantação de próteses, neste caso, em seis meses. Todos são orientados e devem ligar para o hospital fazer o rastreamento e o encaminhamento ao médico caso haja algum problema.
Colaboração: Lucas Lemos
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