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Ponte de Laguna chega ao trigésimo vão instalado

Foto: Muriel Ricardo Albonico

Foto: Muriel Ricardo Albonico

A ponte para travessia do Canal de Laranjeiras, obra da segunda fase de duplicação da BR-101 Sul catarinense, finaliza nesta semana, a instalação do trigésimo vão de aduelas para composição das pistas elevadas. A estrutura está em execução entre o km 312,9 ao km 315,8 da rodovia federal, entre os municípios de Laguna e Pescaria Brava. Serão 2830 metros de pistas elevadas, unindo o lote 1 da travessia urbana lagunense ao lote 25, já duplicado.

Dos 30 vãos instalados, dez foram construídos em terra. Cada vão é finalizado em menos de sete dias, meta do consórcio para o preenchimento de cada espaço com aduelas. No espaço entre pilares, são içadas e instaladas 14 aduelas, sendo 12 unidades com 3,65 metros de comprimento, nove metros de largura e 3,2 metros de altura. As outras duas aduelas terão 1,60 metros de comprimento mantendo as demais medidas. Cada unidade pesa cerca de 90 toneladas.

O consórcio Ponte de Laguna, formados pelas empresas Camargo Corrêa-Aterpa/M.Martins-Construbase, contratado pelo DNIT para execução da travessia sobre a lagoa Santo Antônio dos Anjos, já produziu 462 aduelas das 716 previstas para a estrutura (616 do trecho corrente e 100 do trecho estaiado). Do total produzido foram instaladas 406 aduelas, do vão 1 ao vão 30. Para completar o trecho corrente Norte, o consórcio tem em aduelas suficientes no estoque, localizado no canteiro central, no bairro Mato Alto, em Laguna. No canteiro, a construção de novas unidades segue em ritmo acelerado, voltado para o trecho estaiado e estocagem de novos vão do trecho corrente Sul.

O processo de instalação nos vãos

O processo de içamento das aduelas inicia no canteiro Central do consórcio, no bairro Mato Alto. Lá são construídas as unidades que são transportadas até a frente de obras. A construção das unidades é realizada sobre bases de concreto, em duas etapas, sendo a primeira a laje de fundo e a segunda as vigas e laje superior. Para execução das peças são utilizadas ferragens, formas e cimbramentos (estruturas de suporte provisórias) especiais, e concreto, garantindo a geometria e resistência previstas em projeto.

O içamento e instalação das aduelas é feita pela treliça-lançadeira, equipamento que mede aproximadamente 131 metros de comprimento, com 12 metros de altura, contanto do tabuleiro (parte superior do pilar) e cerca de nove metros de largura e 600 toneladas de peso, sendo o maior equipamento em operação no empreendimento. A treliça tem base fixa, atrelada aos pilares, e um guindaste móvel que desliza sobre a estrutura, içando as aduelas e tem capacidade de carga de 1260 toneladas, sendo capaz de erguer um vão com 14 aduelas – 48 metros de comprimento –, pesando cerca de 1211 toneladas.

As aduelas serão acrescidas de abas laterais, para dar a largura de pistas, que variam de 24 a 26 metros. Depois de içadas, as aduelas vão receber aplicação de adesivo estrutural a base de epóxi entre cada unidade. Em cada ligação de aduelas serão instaladas cindo barras de aço carbono pré-tensionadas, para compressão e cura da cola. Após essa etapa o vão montado é protendido (esticado) e as barras são desmontadas para serem reutilizadas no próximo vão.

Ponte já consumiu 72% total do concreto

A construção das estacadas (camisas metálicas) no trecho estaiado está completo e no trecho corrente está com 96% concluído. Com isso, o consumo de concreto usinado chegou a 72% do total previsto na obra.

De acordo com o projeto, serão aplicados 97 mil metros cúbicos de concreto, desde a construção das fundações ao topo das duas torres do trecho estaiado. Desse total, 74,2 mil metros cúbicos foram aplicados, o suficiente para encher quase trinta piscinas olímpicas (com 50 metros de comprimento, 25 metros de largura e dois metros de profundidade) ou 1.484.000 carrinhos de mão (tipo comum).

Do aço a ser usado na construção, 8.150 toneladas, num total de 13 mil toneladas previstas no projeto. O avanço físico do empreendimento, acumulado até março de 2014, está em 65,9% do total.

Colaboração: Muriel Ricardo Albonico/Núcleo de Comunicação DNIT/SC