Os apreciadores da vida no campo e dos alimentos saudáveis e saborosos que ela oportuniza não podem deixar de visitar a AgroPonte, a feira do agronegócio, da pecuária e agricultura, que acontece até este domingo, no pavilhão de eventos José Ijair Conti, em Criciúma. Cerca de 30 cooperativas do Sul catarinense estão expondo no evento. São produtos naturais, artesanais e típicos da vida no campo. A intenção, conforme o organizador da feira, Willi Backes, é oportunizar o encontro entre a cidade e o meio rural. “Centenas de famílias agricultoras estão representadas por estas cooperativas. É uma riqueza cultural imensa, que vale a pena conhecer de perto”, avalia.
Entre as entidades expositoras está a Cooperbelluno, de Siderópolis. Os representantes da cooperativa quiseram mostrar ao público que, muito mais que aproveitar só a fruta, a bananeira pode render outros produtos. “Utilizamos a fibra para criar objetos diferenciados. Nossos associados fizeram um curso especial sobre isso e estão colocando em prática todos os conhecimentos adquiridos. Além disso, trouxemos produtos feitos à base de madeira reciclada, tapeçaria, bordados, pedraria”, comenta uma das associadas, Abegair Locatelli. “Os nossos cooperados produzem com muito amor e dedicação. Feiras como a AgroPonte incentivam ainda mais a continuar confeccionando novidades”, completa.
O município de Braço do Norte também está sendo representado no evento. A Associação da Feira Livre apresenta os derivados do suíno, já que a cidade é conhecida como a capital da suinocultura. “Temos salames, torresmo, bacon. Também oferecemos melado, doces, queijo, um pouco de tudo”, destaca a presidente, Miria Lembeck. “Representamos oito famílias produtoras. Este tipo de ação é de extrema importância para divulgar não só os nossos produtos, mas também Braço do Norte”, expõe Miria.
As dezenas de cooperativas chamam a atenção, também, pela beleza e criatividade dos produtos expostos. A Coopersertão, de São João do Sul, por exemplo, trouxe à AgroPonte inúmeras peças em tapeçaria. “Temos itens de vários estilos, bordados, pintados, coloridos, neutros. No total, a cooperativa tem 80 associados, que ficaram muito felizes com a possibilidade de expor seus trabalhos”, conta a integrante do Conselho Fiscal, Cleusa Scheffer Constante.
Seminário lança novas rotas turísticas no Sul
Cerca de 100 pessoas, entre representantes das três microrregiões do Sul catarinense (Amurel, Amesc e Amrec), agricultores, estudiosos sobre Turismo, integrantes da Epagri, SC Rural, Instituto Aloutta, e outras instituições participaram, nesta tarde, do seminário “Agricultura Familiar e Turismo Sustentável”. O evento fez parte da programação da AgroPonte. Na oportunidade, foram lançadas a Rota do Aguaí e a Rota dos Vales da Uva e do Vinho Goethe, no intuito de fortalecer o turismo rural na região Sul, oportunizando mais emprego e renda às famílias agricultoras.
O coordenador do curso de Turismo da Satc, Ari Azambuja, falou que o maior desafio, hoje, é integrar e regionalizar o turismo. “Temos que enxergá-lo como um conjunto, ninguém faz nada sozinho. A Rota do Aguaí, por exemplo, compreende cinco municípios, Morro Grande, Treviso, Siderópolis, Nova Veneza e Bom Jardim da Serra, e isso agrega muito valor a ela”, explana. Foi isso que falou, também, o coordenador do Instituto Alouatta, Paulo Calladôra. “Este é o primeiro roteiro catarinense que está no entorno de uma unidade de conservação. Isso confere aos visitantes momentos únicos de contato direto com a natureza”, ressalta.
O engenheiro agrônomo da Epagri, Renato Bez Fontana, pontuou que este é um tema bastante contemporâneo, visto que as cinco regiões do Estado estão se estruturando no que diz respeito ao turismo rural. “Temos que aproveitar todas as nossas potencialidades”, pontua. Assim como ele, o também engenheiro da Epagri, Sérgio Maestrelli, diz que “turismo rural tem que ter agricultor e agricultura. Sem eles, seria um turismo sem alma”, evidencia.
Programação segue até domingo
A AgroPonte segue até este domingo, dia 17 de agosto. Amanhã, os portões abrem das 14h às 22 horas. Já no domingo, a feira esartá aberta para visitação das 14h às 19 horas. A entrada é franca e o estacionamento custa R$ 5.
Colaboração: Samira Pereira/Ápice Comunicação
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