Foto: Portal Satc
Pesquisa elaborada durante o doutorado do tecnólogo em eletromecânica Anderson Daleffe pode colaborar no barateamento de próteses cranianas brasileiras. A tese apresenta a fabricação de partes do crânio em chapa de titânio. A tecnologia desenvolvida de forma inédita no Brasil foi baseada em estudos sobre estampagem incremental desenvolvidos na Faculdade Satc.
A peça foi moldada por meio de um crânio de uma paciente de Criciúma. O material escolhido, o titânio, é quatro vezes mais resistente que o osso humano. Além disso, não apresenta rejeição. “Para obter a prótese com a dimensão desejada foi preciso tratar o titânio termicamente já que ao ser recortada da chapa a prótese deformava”, explicou Daleffe.
De acordo com o pesquisador, a intenção agora é conseguir testar em animais e humanos para garantir a autorização para produzir as peças. Além do crânio, Anderson também está trabalhando na fabricação da máquina para fabricar as próteses. Atualmente, peças estampadas por tecnologia incremental são inéditas no Brasil. O valor acaba reduzido em virtude das ferramentas escolhidas que tornam a fabricação mais simples.
“Essa pesquisa abre novos estudos na área, novos artigos e técnicas para aperfeiçoar ainda mais a produção de próteses”, destacou o pesquisador. A tese de doutorado foi apresentada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o título “Fabricação de Próteses Cranianas Personalizadas em Chapas de Titânio através de Estampagem Incremental”.
Anderson Daleffe está há 16 anos na Satc entre estudos e vida profissional. Concluiu o curso técnico em Aprendizagem Industrial em 1997 e a graduação em Tecnologia em Eletromecânica, ambos na Satc. O primeiro emprego na instituição foi como mecânico de manutenção. Atualmente, é professor e pesquisador. O mestrado e o doutorado foram realizados na UFRGS. “A Satc é o lugar onde tive a oportunidade e incentivo para fazer a minha carreira profissional”, enfatizou o docente.
Com informação do Portal Satc