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Recorde de público marca a quarta edição da AgroPonte

Feira da agricultura, do agronegócio e da pecuária chega à marca de 60 mil visitantes durante os cinco dias de evento

O pavilhão de eventos José Ijair Conti se transformou em uma grande vitrine da agricultura, da pecuária e do agronegócio nos últimos dias. Isso porque da última quarta-feira, dia 13 de agosto, até este domingo, dia 17, a AgroPonte movimentou toda a cadeia relacionada à vida no campo. Após 350 dias de planejamento, prospecção e coordenação, e de mais 12 para a montagem da infraestrutura, o evento encerra com um saldo bastante positivo. Cerca de R$ 50 milhões é o valor estimado de negócios fechados durante a feira e nos 12 meses subsequentes. “O público neste ano foi muito maior do que o registrado nos anteriores. Durante a AgroPonte, fizemos contatos e divulgamos bastante a marca, já que muitas pessoas ainda não a conhecem. Com certeza o pós-feira vai ser excelente”, explana o gerente geral da Tratowel, representante da multinacional New Holland, Osmar Pedro Werner Neto, que trouxe ao evento oito modelos de tratores, uma colheitadeira e mais de 30 tipos de implementos.

Conforme o idealizador do evento, Willi Backes, a quarta edição da AgroPonte e segunda edição da Exposição Estadual de Animais superaram todas as expectativas. “Quase 50 profissionais estiveram diretamente envolvidos na organização e realização do evento. Durante os cinco dias, foram 35 horas de recepção e atendimento ao público e 15 horas voltadas à realização de palestras técnicas promovidas pela Epagri”, explana o organizador. Além dos 15 mil metros quadrados do pavilhão destinados à exposição de empresas e entidades, outros 2,2 mil metros quadrados de área externa receberam quase 400 animais, de pequeno, médio e grande porte, todos credenciados e autorizados. “É o dobro se comparado ao ano passado. E na próxima edição será ainda maior e melhor, com novidades e outros diferenciais”, conta Backes.

Quatro Estados brasileiros foram representados durante a AgroPonte. Além de Santa Catarina, empresas do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo participaram do evento. Foram essas organizações, junto às 30 cooperativas da agricultura familiar e associações, que representam mais de 2 mil propriedades do Sul catarinense, as responsáveis por levar ao pavilhão mais de 60 mil pessoas durante os cinco dias. “Este número nos anima a continuar trabalhando, pensando sempre no nosso público, que quer ver coisas diferentes, algo que não está habituado a encontrar na cidade. A AgroPonte tornou-se um expoente e uma grande vitrine, que atrai uma multidão a cada nova edição”, conta o organizador.

Resultado foi positivo para os visitante e expositores

A alta movimentação durante os cinco dias trouxe excelentes resultados a empresários, cooperativas, associações e pecuaristas. Um exemplo é o criador de gado Nelore PO (Puro de Origem), de Blumenau, Elvio Francisco Presa. Ele expôs na AgroPonte 12 animais e ficou satisfeito com o resultado. “Viemos porque o Sul é um mercado novo. Aqui na região não temos conhecimento de nenhum pecuarista que trabalhe com a raça pura, por isso viemos mostrar o nosso trabalho e prospectar novos negócios. O resultado foi muito interessante, tivemos bastante negociação e vários contatos foram feitos. Temos certeza de que o pós-feira será favorável”, aponta Presa, explicando que a Nelore é a raça de gado mais difundida em todo o Brasil. “Ela se adapta facilmente ao clima tropical, tem beleza e rusticidade”, conta.

Assim como o criador, a vice-presidente da cooperativa Nosso Fruto, Loiva Perdoná Cesa, saiu da feira bastante satisfeita. A entidade foi a responsável pelo serviço de café colonial. “Foi maravilhoso, a melhor edição até agora. Nos preparamos para receber o grande público com mais de 70 variedades de alimentos produzidos pela agricultura familiar. Fechamos parceria com outras cooperativas, que trouxeram opções diferenciadas também. A participação na feira representa uma fatia a mais no orçamento de cada agricultor e no da entidade”, enfatiza Loiva

Contudo, nem só os expositores saíram satisfeitos. A aposentada Assunta Bortolotto Fernandes, de 73 anos, define a AgroPonte como “encantadora”. Ela diz que muita gente ainda não conhece a vida no campo, e a feira é uma forma de os moradores da cidade reconhecerem o agricultor. “É excelente, faz as pessoas perceberem que sem o meio rural nada existe. Eu sou filha de colono, sempre trabalhei da roça, mas estou admirada com tanta coisa linda”, pontua a senhora.

A feira encerrou nesta tarde e a partir do próximo mês já inicia a preparação para a próxima edição. A quinta AgroPonte e a terceira Exposição de Animais acontecem entre 12 e 16 de agosto do próximo ano.

Colaboração: Samira Pereira/Ápice Comunicação

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