Saúde

SC registra queda de 78,3% nos casos de gripe pelo vírus Influenza

Foto: Divulgação

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O número de casos de gripe causados pelo vírus Influenza sofreu uma diminuição esse ano em relação a 2013. A informação é da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), que registrou de janeiro até o dia 8 de agosto, 84 casos confirmados, enquanto que no mesmo período de 2013, 387 pessoas contraíram gripe. A diferença representa uma diminuição de 78,3%.

Também houve uma queda de 91,7% nos óbitos de gripe por Influenza este ano, com três mortes. No mesmo período de 2013, 36 pessoas morreram. Esses dados constam do Informe Epidemiológico nº06/2014 – Vigilância da Influenza, publicação produzida pela DIVE, vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde.

Segundo a gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e Imunização, Vanessa Vieira da Silva, os números positivos refletem o sucesso da campanha de vacinação contra Influenza, que alcançou cobertura de 90,5% em todo o estado, e das ações de divulgação das medidas de prevenção à gripe, com destaque para a etiqueta da tosse.

“Essas ações, aliadas à conscientização de que a gripe é uma doença séria e precisa ser tratada de forma adequada, resultaram, mesmo em pleno Inverno, em uma menor circulação viral em relação aos anos anteriores. O desafio é manter os serviços de saúde em alerta para identificar casos de gripe, tratando-os antes de se agravarem”, alerta a gerente.

Ao contrário dos anos anteriores, quando o vírus Influenza A (H1N1) predominava, verificou-se neste ano que o vírus Influenza A (H3N2) tem se sobressaído em relação aos demais. Dos 84 casos confirmados de gripe por Influenza, 72 (85,7%) foram pelo vírus Influenza A (H3N2), sete (8,3%) pelo Influenza A (H1N1), três (3,6%) pelo influenza B e dois (2,3%) pelo vírus Influenza A (subtipagem em andamento). Esse dado também serve de alerta, uma vez que o vírus Influenza A (H3N2) tem como característica causar doença grave principalmente em idosos e crianças menores de cinco anos.

Os municípios da região de Itajaí (15 casos) e Tubarão (12 casos) foram os que registraram maior número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza neste ano, a maioria pelo vírus Influenza A (H3N2).

Gripe

A gripe é uma doença grave causada pelo vírus Influenza, transmitido a partir das secreções respiratórias, podendo sobreviver por minutos no ambiente, sobretudo em superfícies tocadas frequentemente. Os sintomas iniciais são febre alta, dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e persiste por cerca de três dias.

O vírus Influenza possui grande variabilidade de seu material genético, podendo apresentar três tipos e inúmeros subtipos. Os tipos A e B são os que mais causam doenças no ser humano. O influenza A é subtipado de acordo com as partículas que existem em sua superfície, sendo nominado com as letras H e N (Hemaglutinina e Neuraminidase), por exemplo: H1N1, H3N2, H5N1, H7N9. Todos estes são subtipos distintos do vírus influenza e podem variar suas características de agressividade. Os vírus influenza A que estão circulado com mais intensidade nos últimos anos são o subtipos H3N2 e o H1N1, que são de linhagens distintas (não são mutações um do outro) e têm potencial de causar doença grave.

Como evitar a gripe?

– Lave e higienize as mãos com frequência, principalmente antes de consumir qualquer alimento;

– Ao tossir ou espirrar, proteja o rosto com um lenço ou o antebraço;

– Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

– Higienize as mãos após tossir ou espirrar;

– Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

– Mantenha os ambientes bem ventilados;

– Evite contato próximo a pessoas que apresentem sintomas de gripe.

Se você tiver sintomas de gripe, deve:

– Procurar imediatamente um serviço de saúde a fim de buscar tratamento adequado;

– Após o início do tratamento, deve-se evitar sair de casa no período de transmissão da doença (até sete dias após o início dos sintomas);

– Evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados;

– Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Colaboração: Ana Paula Bandeira/Comunicação Secretaria de Estado da Saúde