Saúde

SC Transplantes registra 202 doações de órgãos em 2014

Foto: Divulgação / Diário do Sul

Foto: Divulgação / Diário do Sul

Em 2014 foram registradas 202 doações de órgãos pela SC Transplantes, número que supera o histórico de Santa Catarina desde a implantação do Centro de Captação, Notificação e Distribuição de Órgãos e Tecidos (SC Transplantes), em 1999. O aumento é superior a 15% em relação a 2013, quando foram realizadas 170 doações. Em Tubarão, foram realizadas, no ano passado, sete captações de múltiplos órgãos e 32 de córneas. 

Segundo a assessoria de comunicação do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), houve 16 diagnósticos por morte encefálica na instituição em 2014. “Deste total, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) intermediou sete captações de múltiplos órgãos e 32 captações de córneas. Houve seis recusas para doação e três contraindicações absolutas, por caso de HIV”, informa o setor. 

A Cihdott foi constituída justamente com o objetivo de aumentar o número de doações de órgãos no HNSC. O trabalho é feito diretamente com as famílias dos pacientes que podem ser doadores, com uma abordagem e esclarecimento de dúvidas. 

No caso da doação de córneas, podem ser doadores pacientes de dois a 70 anos que não tenham contraindicação absoluta – como HIV, hepatite, leucemia, linfoma e infecções. A coleta do órgão pode ser feita até seis horas depois do óbito. Já para as doações de múltiplos órgãos, o paciente tem que apresentar catástrofe neurológica de causa conhecida – casos como AVC, traumatismo craniano e outros. 

Em SC

Segundo o site Diário do Sul, apenas em dezembro ocorreram 28 doações em Santa Catarina, um recorde mensal. “Realizar esse trabalho só é possível com a soma de esforços da equipe e da conscientização cada vez maior da população”, explica Joel Andrade, coordenador da SC Transplantes.

Em outubro de 2014, 828 pessoas esperavam por um transplante. As maiores filas são para transplantes de rins (354), córneas (339), fígado (53) e medula óssea (51). No Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar à família sobre o desejo da doação. A doação de órgãos só acontece após autorização familiar.