Esporte

Uma vitória, uma derrota e um time a arrumar

Tigre ganha o primeiro jogo-treino por 2 a 0; perde o segundo por 2 a 1

Foto: Deize Felisberto/Clicatribuna

Foto: Deize Felisberto/Clicatribuna

O torcedor compareceu, sentou no seu lugar no Majestoso e matou um pouco desta saudade de ver um jogo do Tigre. Em campo, Wagner Lopes estava bem a vontade para montar e procurar este novo Criciúma. Orientou os seus jogadores, até trouxe a planilha do esquema tático a beira do gramado e assim ficou os 160 minutos, nos dois jogos-treinos. No primeiro, o Tricolor ganhou pelo placar de 2  a 0 – Zé Carlos e Cristiano marcaram para o Tigre. Na etapa final, derrota também por 2 a 1 – Baier marcou para os catarinenses. Mesmo assim, para o comandante, valeu o empenho tático e a produção dentro da quatro linhas do Tricolor.

"Foi bom para a gente tirar algumas conclusões, mas será chamado a atenção dos jogadores". No primeiro jogo, Lopes mandou a campo Bruno; Maicon Silva, Gualberto, Escudero e Giovanni; Rodrigo Souza, Rafael Costa e Hygor; Maurinho, Cristiano e Zé Carlos. Uma equipe reserva e com um esquema tático diferente. Lopes distribuiu os jogadores no esquema e fazia a trinca de frente com Maurinho do lado esquerdo, Zé Carlos do lado direito e Cristiano no meio dos dois atacantes.

O começo de partida foi pouco agitado e ambas as equipes trocavam muitos passes. Lopes, à beira do gramado, muito tranquilo, apenas sentado no gramado, conversava com os companheiros. A equipe que entrou em campo se comportava de forma simples, o time não marcava muito forte e se tinha uma preocupação com a marcação.

Mas, em um certo momento deste primeiro tempo, Zé Carlos chegou mais forte na marcação, de um carrinho e levou o cartão amarelo, estava com a "fome de bola". O camisa 9, que estava com a 10 no jogo-treino, era o mais visado pela torcida. Passes certos, errados, finalizações, tabelinhas, dribles, quando Zé encontrava a bola, a massa se ouriçava e inflamava, ao ver o goleador, já lembrando, também, dos lances de 2012.

E o primeiro tempo se resumiu assim. No intervalo, Lopes mudou a equipe do Tigre e trocou quase todo o sistema defensivo. Sacou Bruno para a entrada de David, Escudero deixou o campo para a entrada de Joílson, Gualberto saiu e entrou Rogério e Maicon Silva cedeu a vaga para Ezequiel.

Conforme o site Clicatribuna, a etapa final foi melhor, mais movimentada e com gols para o lado do Tigre. O primeiro surgiu de escanteio: Hygor levantou a bola na grande área, Giovanni desviou e Cristiano empurrou para o fundo da rede. Zé Carlos até deu o carrinho para fazer o gol e não conseguiu. O goleador estava com sede de gol. Tentava o ataque, arriscava a meta, não balançava a rede, porém a torcida não hesitava em aplaudir.

Até que um pênalti foi marcado para o Tricolor. Na mesma hora, Zé Carlos pegou a bola e já segurou, sentindo que aquele seria o momento de encontrar as redes do Heriberto Hülse. Botou a redondinha na marca da cal, ajeitou e mandou e saiu para o abraço, fazendo o segundo – o primeiro dele no retorno ao Tigre, e finalizando o placar.

Titulares em campo, time mais travado

No segundo jogo-treino, Lopes mandou a campo os titulares. Com as opções que ele vinha trabalhando, escalou Galatto; Eduardo, Fábio Ferreira, Ronaldo Alves e Cortez; Serginho, Martinez, João Vitor e Paulo Baier; Silvinho e Lucca. Foi com este time que ele ficou um pouco mais preocupado, pedia uma marcação mais pesada e viu sofrer o primeiro gol.

Em uma bobeada da zaga, Peixoto empurrou às redes e saiu para comemorar. Depois do gol, os dois times diminuíram o ritmo e pouco apresentavam em campo. Paulo Baier até chegou a tocar a bola na trave, mas nada que animasse a torcida, que começava a sair já para acompanhar a Copa do Mundo. Mas, na etapa final, com a mesma equipe, Baier, ídolo também, conseguiu marcar. No lado direito, Silvinho fez o cruzamento, Baier meteu de cabeça, a bola bateu na trave, quicou um pouco a frente da linha e o bandeirinha validou o gol.

Porém, não deu muito tempo para comemorar. Puyol, não é o espanhol, mandou no canto, marcou um golaço e o goleiro Galatto nada pôde fazer. O clima já estava diferente, depois da mudança do placar, e houve até expulsão. Silvinho e Felipe se desentenderam e ambos deixaram o gramado de jogo. Nada mais mudou e a derrota permaneceu por 2 a 1 para o Novo Hamburgo.