Da areia do mar para a mesa, o marisco é fonte de renda para moradores, passa-tempo para veranistas, além de alternativa de alimentação saudável
Foto: Portal Satc
Existem vários tipos de mariscos no litoral sul de Santa Catarina. O mais comum nesta região são os conhecidos maçanbicos, que se concentram de baixo da areia, na beirinha do mar. Basta cavar com os pés que é possível encontrar milhares desses moluscos, que podem chegar até seis centímetros de comprimento.
Conforme matéria do Portal Satc, os mariscos são fontes de nutrientes, grande parte deles fornece vitamina B e zinco. Eles possuem outras vitaminas, em maior ou menor porção, incluindo as vitaminas B2 eniacina, salénio, cálcio, magnésio e iodo.
Além dos benefícios dos moluscos, catar marisco é um passa-tempo para os veranistas que ficam meses nos balneários e uma fonte de renda para os moradores, que comercializam o fruto do mar descascado, pronto para o preparo. “Vendo a R$ 10,00, R$ 12.00 o quilo”, conta a marisqueira Nair Flor, moradora do Balneário Esplanada.
Segundo Nair, o verão é a época do marisco. “No inverno, quase não tem, só catamos no verão. Lá para novembro começam a aparecer os mariscos, a partir de março já não tem mais”, revela.
Já a moradora de Morro da Fumaça, Maurina Fortuna, conta que o desenvolvimento do molusco se dá conforme a troca da lua. “Por exemplo, agora que eles já estão gordinhos é lua crescente, quando for lua cheia estarão maiores. Pode ver quando é lua minguante, eles são bem menorzinho, bem magrinhos”, explica a dona de casa, que cata marisco constantemente.
Nesta temporada, em uma semana, Nair e a vizinha, sua companheira na coleta, catam 10, 15 quilos do molusco. “Tem semanas que tiramos isso, outras menos”, relata. De acordo com a moradora do balneário, este verão está sendo bem bom para retirar o molusco. A quantidade é superior ao ano passado.
Maurina confirma que esse ano tem mais marisco que o ano anterior. “Ano passado nós custávamos a achar. Hoje ainda não tem muito, mas ontem à noite tinha bastante, chegava a pisar o pé”, brinca.
À procura de uma malha de marisco, a moradora do balneário Isabel Rodrigues Vieira estava com mais seis parentes, todos em busca dos moluscos. “A gente gosta de catar, é um passa-tempo, ontem catamos uns quatro quilos, hoje estamos à procura”, revela.
Preparo
Depois da coleta, o próximo passo é cozinhar o molusco. Esse procedimento vai abrir o marisco, possibilitando a retirada da carne que fica dentro dele. Com tudo descascado, a ordem é lavar muito para que a areia saia completamente.
Após cumprir esses passos, é a vez da imaginação para o preparo. “Eu faço pastel de marisco, farofa, refogado com batatas, frito até rizoto, que fica muito bom. A gente come ele, e parece que não comeu nada, de tão leve”, salienta Edna Querino, moradora de Morro da Fumaça.