Segurança

22 pessoas são indiciadas na por fraudes em licitações em Sangão

A operação contou com três fases ostensivas, em que foram cumpridos 10 mandados de prisão temporária, 11 mandados de busca e apreensão, afastamentos de cargo do prefeito e de uma servidora

Foto: Divulgação PCSC

Por intermédio da 2ª DECOR, Delegacia Especializada no Combate a Corrupção, a Polícia Civil de Santa Catarina concluiu a Operação “Vale do Silício” com dois inquéritos policiais instaurados para apurar fraudes em licitações no município de Sangão. Os procedimentos tramitam na comarca de Jaguaruna e no Tribunal de Justiça, em razão de prerrogativa de foro de um dos envolvidos. 22 pessoas foram indiciadas.

A investigação, que durou cerca de dois anos, concluiu que parte dos indiciados constituiu organização criminosa que logrou fraudar 33 licitações e quase duas centenas de compras diretas e dispensas de licitações, todas voltadas à aquisição de produtos e serviços de informática ao longo de nove anos. Em conluio com agentes públicos e políticos, bem como auxiliados por outros empresários, os licitantes beneficiados frustraram o caráter competitivo dos certames e monopolizaram todas as contratações do ramo no período mencionado.

A apuração identificou pagamentos de propinas a agentes públicos em forma de valores e bens, fornecimentos simulados, entregas de itens com especificação inferior, dentre outras práticas que geraram prejuízo estimado de mais de R$ 1,1 milhão aos cofres públicos municipais.

Além dos empresários e resguardados as individualizações, foram indiciados detentores dos cargos de prefeito, vereador, secretário municipal e servidores de carreira e comissionados, por crimes da Lei de Organizações Criminosas, delitos licitatórios diversos, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

A operação contou com três fases ostensivas, em que foram cumpridos 10 mandados de prisão temporária, 11 mandados de busca e apreensão, afastamentos de cargo do prefeito e de uma servidora. Ao longo da investigação, o Poder Judiciário, atendendo a representação da 2ª DECOR, decretou, ainda, o bloqueio de 13 imóveis, veículos e a indisponibilidade de cerca de R$ 1.1 milhão em valores, dentre outras medidas.

Os procedimentos policiais agora seguem aos cuidados dos membros do Ministério Público responsáveis nas duas instâncias e do Poder Judiciário.

Via TNSul

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