Segurança

Policial lembra tensão durante mega-assalto em Criciúma: “Não tínhamos ideia do que era”

Um ano após o ataque que aterrorizou a cidade no Sul do Estado, investigações seguem em sigilo

Divulgação

Uma média de 80 disparos em cinco segundos. É assim que o cabo da Polícia Militar, Paulo Marcos Felisberto, descreve o encontro com os responsáveis pelo mega-assalto ao Banco do Brasil em Criciúma, no Sul do Estado. A ação, que aterrorizou a cidade entre os dias 30 de novembro e 1º de dezembro de 2020, completa um ano. As informações são do G1 SC.

De acordo com Felisberto, a guarnição tentou impedir a ação criminosa, enquanto o 9º Batalhão de Polícia Militar era atacado a tiros.

— Nós vimos o comboio passando e não sabíamos do que se tratava, não tínhamos ideia do que era. Foi quando o cabo Fontana falou: ‘são eles’. Ali já vieram os disparos. Nós respondemos de imediato. Demos uma média de uns 80 disparos em quatro, em cinco segundos — lembra o policial.

A ação criminosa ocorreu por volta das 23h50 de 30 de novembro e terminou duas horas depois, já na madrugada de 1º de dezembro. Os suspeitos levaram cerca de R$ 125 milhões da tesouraria do banco, localizada na região central de Criciúma.

O policial conta que, após o confronto, o grupo se refugiou no pátio de um hotel, já com o colega Jeferson Luiz Esmeraldino, ferido. No local, foi feita uma barricada para que eles pudessem se proteger de um novo ataque, caso o comboio decidisse retornar.

— Na hora a gente não conseguia tomar uma decisão do que iria fazer, porque tinha muita informação falsa chegando. Essa ‘bomba’ de informação no WhatsApp, única rede de comunicação que tínhamos na hora, acabou prejudicando na tomada de decisão — explica.

Entre as mensagens recebidas pelos policiais, estavam a suspeita de um atirador profissional escondido em algum prédio, um suposto ataque à Polícia Civil e à sede da empresa de segurança, que transportava valores para as agências bancárias. Mas, nenhuma das informações se confirmaram.

Investigações seguem em sigilo

Atualmente, há duas investigações sigilosas que tramitam na Justiça catarinense sobre o caso. No processo que apura o crime de organização criminosa, 16 pessoas foram denunciadas pelo crime. No segundo inquérito, 12 réus – 10 deles já citados no primeiro inquérito – respondem pela prática de roubo qualificado com o resultado de lesão corporal grave, dano qualificado e incêndio.

Dez pessoas já foram presas e duas seguem foragidas. Além disso, no início do mês, seis acusados no primeiro processo criminal receberam liberdade provisória, mas com medidas cautelares.

Com informações do NSCTotal e G1 SC

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