Pacote de medidas anticorrupção deve ser apreciado hoje (08) no Senado. Deputado catarinense votou contra o destaque que endurece as punições para autoridades que cometem abuso. A proposta também foi criticada nos protestos que ocorreram no país no último fim de semana.
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Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir manter o senador Renan Calheiros (PMDB) na presidência do Senado, em votação nesta quinta-feira (07), o pacote de medidas anticorrupção deve ser apreciado hoje (08) no próprio Senado. Entre as medidas, está aquela que endurece as punições para autoridades que cometem abuso, na sua maioria juízes. Renan é um dos investigados na Operação Lava Jato.
Na semana passada, durante a votação do projeto na Câmara dos Deputados, o deputado catarinense Jorge Boeira (PP) foi um dos poucos que votou contra o destaque que penaliza os juízes. Boeira comentou o assunto e falou sobre o seu posicionamento em entrevista ao Portal Sul In Foco. “Tem sim juízes que são autoritários. Por outro lado, no momento que vivemos não cabe discutirmos este ponto. Ficou claro que o objetivo maior é fazer com que, aqueles políticos denunciados dentro da Operação Lava Jato, consigam uma retaliação contra o judiciário. Acho que não é o momento para discutir esta situação. Acho importante, mas fora da realidade do atual momento. Esse tipo de ação é legislar em causa própria. As outras medidas anticorrupção, votei favorável”, destacou o deputado.
A proposta também foi criticada nos protestos que ocorreram no país no último fim de semana. Investigado na Lava Jato, o presidente do Senado defende a proposta e diz que a legislação sobre o abuso de autoridade precisa ser atualizada para proteger o cidadão de arbitrariedades. “Acho que no Senado, da maneira como está, o projeto passa. Lá passa com mais facilidade. A única coisa que possa alterar a rota deste projeto de lei é a mobilização social”, defende Boeira.
“A população já mostrou claramente a insatisfação. O importante é que no Brasil inteiro houveram manifestações e sabemos perfeitamente que, cada vez mais este movimento ficará maior e terá o efeito de bola de neve”, finaliza o deputado catarinense.
