Depois de quatros dias apreendido na cela da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI), um garoto de 13 anos, quebrou parte da parede e arrombou a porta do local de isolamento. A fuga ocorreu na madrugada de ontem.
O garoto, morador do bairro Pinheirinho, estava internado no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Lages, de onde também empreendeu fuga. Na última quinta-feira, a Polícia Militar cumpriu um mandado de apreensão e o menor foi conduzido à delegacia especializada para aguardar transferência para uma unidade de internação.
A reportagem do Jornal da Manhã procurou o diretor do Departamento de Administração Socioeducativo (Dease), Roberto Lajus, mas ele está em férias. Em contato com o gerente do Programa de Implementação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Pró-Sinase), Thiago Vieira Pires, somente na próxima segunda-feira as informações sobre vagas poderão serão repassadas, pelo próprio diretor.
Apesar da pouca idade, o adolescente era bastante conhecido no meio policial. Em já foi apreendido por tráfico de drogas, tentativa de homicídio, um homicídio consumado e responsável por efetuar disparos contra a casa de uma policial civil. Até o final da edição, o menor infrator não havia sido localizado.
Cela interditada
Há cerca de dois meses, a cela da delegacia está liberada para o recebimento de adolescentes. De acordo com informações do delegado regional de Criciúma, Jorge Koch, o local interditado em outubro do ano passado, foi reformado e estava apto a receber internos.
A interdição foi determinada pelo juiz responsável pela Vara da Infância e Juventude, Geancarlo Bremer Nones, acatando a denúncia da 8ª Promotoria do Ministério Público, sobre a insalubridade do espaço reservado para menores infratores. Na determinação constava a reforma do espaço para atender as normas citadas no Estatuto da Criança e do Adolescente, as Diretrizes Básicas para Arquitetura Penal, editadas pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
Embora tenha ocorrido as mudanças no espaço, o Governo do Estado recorreu da decisão e o caso está sendo julgado no Tribunal de Justiça.
Com informações de Morgana Rosso/Jornal da Manhã