Educação

Assembleia deve decidir paralisação de professores

Foto: Divulgação / DS

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Uma assembleia realizada amanhã, em Florianópolis, deverá decidir se os professores da rede estadual farão uma paralisação. O encontro com os docentes, entre eles representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública Estadual – Sinte de Tubarão, ocorre a partir das 14h, na Praça Tancredo Neves.

Segundo a coordenadora do Sinte em Tubarão, Tânia Fogaça, o Sinte estadual pediu pela paralisação já amanhã. “Contudo, deixamos os professores decidirem. Vamos à assembleia e lá veremos como vai ficar a situação”, descreve Tânia, e informa que um grupo sairá rumo à capital às 11h de amanhã.

Entre as reivindicações, conforme Tânia, estão as reformas trabalhistas e a reforma no ensino médio. “Não podemos aceitar este retrocesso na educação. Vamos lutar pelos nossos direitos e por tudo que já foi conquistado até hoje para a categoria e pelos estudantes”, analisa a coordenadora.

No início deste ano, na rede estadual de ensino chegou a ser cogitada uma greve. A última paralisação dos professores ocorreu entre março e junho de 2015.

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, cerca de 5% (2 mil professores) ficaram ausentes das salas de aula nesse período. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado de Santa Catarina (Sinte-SC) informou que a adesão foi de 20%.

Mudança no ensino médio

Os professores lutam, de acordo com Tânia, contra a reforma no ensino médio. Segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho, o governo irá trabalhar junto a sua base no Congresso Nacional para priorizar a votação do Projeto de Lei (PL) 6.840/2013, que propõe mudanças importantes nas séries finais do ensino regular.

A proposta estabelece que os currículos do ensino médio sejam organizados por áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. A divisão visa a priorizar a interdisciplinaridade e a aplicação dos conhecimentos em outras áreas – e também no dia a dia dos alunos e na realidade do Brasil e do mundo.

No último ano, além das matérias básicas, o aluno deverá optar por uma das grandes áreas para aprofundar os estudos, de modo que o estudante possa se dedicar mais ao campo de seu interesse. No futuro, caso decida mudar de área, ele pode retornar à escola e fazer uma nova opção formativa.

Se aprovado o PL, o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem se tornaria obrigatório para os alunos. Outra medida prevista é que nos próximos dez anos 50% dos matriculados cumpram jornada escolar em tempo integral de, no mínimo, sete horas por dia, somando 4,2 mil horas em todo o ensino médio.

Com informações do Jornal Diário do Sul