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Autoridades vão à Brasília em defesa do carvão mineral

Autoridades desejam que termelétricas movidas a carvão mineral se torne prioridade estratégica no Brasil

Parlamentares de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e o vice-governador Eduardo Moreira estarão em Brasília nesta terça-feira (19 de março), às 18 horas, para uma reunião com o setor carbonífero e na posse do deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) no cargo de presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Carvão Mineral, instalada no Congresso Nacional. O objetivo é tentar sensibilizar o governo federal a implementar uma política que torne as termelétricas movidas a carvão mineral uma prioridade estratégica no Brasil.

Segundo o site Clicatribuna, o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Joares Ponticelli (PP), o deputado Valmir Comin (PP) – que coordena a Frente Parlamentar Catarinense em Defesa do Carvão Mineral e o vice-governador Eduardo Moreira – lideram a delegação catarinense que vai à capital federal reivindicar que o governo inclua a produção de energia termelétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) – que coordena e controla a produção e transmissão de energia elétrica no país.

Desde 2009, as térmicas movidas a carvão estão proibidas de participar dos leilões de energia renovável para entrega em cinco anos (A-5) por conta de acordos internacionais quanto às mudanças climáticas. Os parlamentares catarinenses e gaúchos lutam para que as usinas termelétricas a carvão mineral nacional participem nos próximos leilões promovidos pelo Ministério de Minas e Energia.

Os novos leilões para compra de energia elétrica devem acontecer até metade do ano (entre junho e julho). O Ministério de Minas e Energia formou uma comissão para estudar a realidade do setor termelétrico e entregará um relatório à presidente Dilma Rousseff. O secretário executivo da pasta, Márcio Zimmermann, chegou a confirmar que as usinas térmicas a carvão serão incluídas no leilão A-5, com um investimento estimado em US$ 2,5 bilhões somente no Rio Grande do Sul.

"O carvão é o pré-sal catarinense e gaúcho", enfatizou Ponticelli, lembrando que juntos, os dois estados possuem uma reserva de 32 bilhões de toneladas do mineral. "Com as térmicas em operação, seria possível proporcionar a auto-suficiência de energia nos dois estados e ainda exportar energia para os países vizinhos, sempre utilizando esse carvão mineral com tecnologia ambiental equilibrada", acrescentou Comin.