Economia

Carbonífera Criciúma inicia pagamento de acordos no próximo mês

Ex-funcionários conseguiram equipamentos da empresa como forma de garantia

Foto: Arquivo Engeplus

Foto: Arquivo Engeplus

Cerca de 210 trabalhadores demitidos da Carbonífera Criciúma desde o início deste ano devem começar a receber o pagamento das rescisões em outubro. O acordo feito entre a empresa e o Sindicato dos Mineiros de Forquilhinha foi de que o valor da rescisão seria parcelado em 10 vezes e começaria a ser pago a partir do próximo mês.

Segundo o presidente do sindicato, Fernando Nunes, os trabalhadores conseguiram, por via judicial, que alguns bens da carbonífera – máquinas e equipamentos – fossem bloqueados como garantia do pagamento dos mineiros. "Caso o dinheiro não seja depositado, as máquinas serão leiloadas automaticamente. Desta forma, o pagamento destes trabalhadores estará garantido", ressalta Nunes.

A empresa chegou a pedir a recuperação judicial, mas não conseguiu que o pedido fosse aprovado. O sindicato está em busca, agora, da garantia de pagamento para cerca de 60 trabalhadores que não conseguiram o acordo com a empresa. “O FGTS será liberado para eles e eles poderão receber o seguro-desemprego, mas não os pagamentos a partir de outubro”, destaca o presidente.

Atualmente, pouco mais de 400 mineiros ainda trabalham na carbonífera. Parte da mina Verdinho 2 segue com a energia cortada desde abril deste ano. Nunes explica que os salários referentes a agosto foram parcelados em duas vezes e a segunda parcela foi paga, embora com atraso.

"A situação da carbonífera ainda é complicada. Em alguns meses eles conseguem realizar os pagamentos em dia, mas em outros o valor precisa ser parcelado. Sabemos que mais trabalhadores serão demitidos nos próximos meses", destaca.

Portal Engeplus tentou ouvir a direção da empresa, mas não obteve retorno.