Saúde

Casos de câncer de mama entre mulheres jovens mais que dobra no Brasil

Em Santa Catarina, a cada 100 mil mulheres, cerca de 75 desenvolvem a doença ao longo da vida

Foto: Divulgação

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a ocorrência de casos de câncer de mama entre mulheres mais jovens (até 35 anos) aumentou nos últimos dois anos.

Historicamente, mulheres nessa faixa etária representavam apenas 2% dos casos, mas o número subiu para 5%. Para a médica Maria Cristina Figueroa Magalhães, alguns fatores de risco podem estar relacionados a esse aumento.

“Eles têm relação com o estilo de vida das pessoas, como menor número de filhos ou pela opção de não gestar, gestação mais tardia (após os 30 anos de idade), o sedentarismo, a obesidade e uma alimentação inadequada associados à uma rotina estressante”, esclarece.

Segundo a médica, os tumores mais agressivos são frequentes em pacientes mais jovens, porque elas estão fora do grupo de rastreamento mais frequente, que é o de mulheres a partir de 40 anos.

“Quando o câncer é diagnosticado, já está em estágio mais avançado, diferentemente daqueles identificados nas mulheres que mantêm uma rotina de exames de rastreamento”, explica Maria Cristina.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam que ocorram 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil a cada ano. Em Santa Catarina, a taxa de incidência da doença é de 75,24 casos a cada 100 mil mulheres. Por ano, são registrados cerca de 3,3 mil casos.

Já na capital, a taxa de ocorrência é ainda maior e chega a 107,29 casos de câncer de mama a cada 100 mil mulheres. Todos os anos são confirmados cerca de 340 diagnósticos.

Prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama
A estratégia mais utilizada para a detecção da doença é o diagnóstico precoce, com abordagem de pacientes com sintomas iniciais. Também é recomendável que a mulher faça o autoexame, observando e apalpando as mamas para descobrir possíveis alterações.

As mulheres devem ficar atentas a sinais como nódulos mamários que persistem por longos períodos de tempo, aumento progressivo da mama com sinais de edema, retração da pele da mama, mudança no formato do mamilo, entre outros.

A SBM recomenda que o exame de detecção seja feito anualmente em mulheres a partir dos 40 anos com risco habitual e a partir dos 25 anos em mulheres com alto risco para a doença.

O tratamento depende da fase da doença, do tipo de tumor, da idade da paciente, entre outros fatores. Uma das opções terapêuticas é o medicamento biológico trastuzumabe, em combinação com a quimioterapia.

“Os biomedicamentos têm demonstrado segurança e eficácia nos tratamentos de câncer de mama, inibindo a multiplicação das células tumorais e preservando os tecidos saudáveis”, finaliza a médica.

Com informações do ND+

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