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Ceramistas aceitam proposta de reajuste de 10%

Trabalhadores das indústrias ceramistas da região carbonífera, aprovaram a proposta em assembleias no início da noite desta segunda-feira

Após ameaça de greve, os trabalhadores das indústrias ceramistas da região carbonífera, decidiram em assembleias no início da noite desta segunda-feira (18), em Cocal do Sul e Criciúma,  aceitarem a proposta patronal. Eles terão reajuste de 10% em janeiro e mais 1% em maio – sendo 3,8% de ganho real  e 6,2% de INPC. Este percentual beneficia os profissionais que recebem até R$ 3 mil. Os demais com renda acima de R$ 3 mil a R$ 5 mil o aumento foi de 6,2%. O abono de férias de R$ 650,00 teve um percentual de 18,8% de aumento passando para R$ 750,00 para todos os trabalhadores. O piso passa de R$ 1.040,00 para R$ 1.133,60 em janeiro e R$ 1.144,00 a partir de maio. O retroativo será pago na folha de março. A data-base da categoria é 1º de janeiro.

O presidente do sindicato, Itaci de Sá, esclarece que os 10% será aplicado às faixas salariais de todos profissionais até chegar a R$ 3 mil. "Se um trabalhador tem seus vencimentos em R$ 3,5 mil, por exemplo, a aplicação do índice será de 10% até o valor de R$ 3 mil e o 6,2% sobre os R$ 500 reais excedentes e, desta forma aplicada nos demais vencimentos, explica.

O sindicalista reitera que o acordo não foi o ideal. "Seguindo o sentimento dos profissionais, também não estamos contentes com o acordo,  não foi excelente, foi apenas razoável, e os 3,8% de ganho real repõe apenas algumas perdas. Porém, continuaremos lutando para garantir mais conquistas e, assim mais qualidade de vida aos trabalhadores e suas famílias, avalia.

Para Adelar Fioravante funcionário da Pisoforte, casado pai de dois filhos, o aumento foi razoável. "Deveria ser melhor, pois nós temos família para sustentar", fala.

O funcionário da Portinari, Ademir Sanger, disse que diante da conjuntura foi um bom índice. "Ainda assim devemos continuar buscando melhores negociações a cada acordo coletivo", ponderou.

Desde dezembro os trabalhadores estão mobilizados. Foram três propostas com o sindicato patronal chegando de 8% a 9% rejeitada pela maioria dos profissionais. São cerca de 5 mil trabalhadores das 13 principais indústrias cerâmicas do estado distribuídas em Criciúma, Urussanga e Cocal do Sul.

Colaboração: Maristela Benedet/Assessoria de Imprensa