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Chuva deixa RS sem água, fecha hospitais e ameaça barragens: “Cenário de guerra”, diz governador

Declaração foi dada em coletiva de imprensa neste domingo (5)

Foto: Governo do Rio Grande do Sul/Divulgação

“É um cenário de guerra no estado”, disse o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), durante coletiva de imprensa em Porto Alegre na manhã deste domingo (5). Por conta das fortes chuvas que atingem o estado, um terço dos moradores estão sem água, 17 hospitais foram fechados após alagamentos e há riscos em barragens.

Durante a coletiva, o governador gaúcho estava acompanhado de diversas autoridades, entre elas o presidente Lula (PT). Além de falar sobre o cenário de destruição no RS, Leite também agradeceu a presença de representantes de diversas esferas públicas.

— A vinda do presidente da Câmara, do presidente do Senado, do presidente do Tribunal de Contas da União, dos ministros todos que estão aqui vai ser muito importante para dar consciência da situação […] para poder transmitir a angústia, ansiedade e expectativa que a gente tem na vinda de cada um, na presença de cada um para a gente achar soluções excepcionais — cita Leite.

O governador também pediu que os representantes de partidos políticos diversos não entrassem em discussões para procurar culpados pela tragédia.

— Não é hora de transferir responsabilidade, a gente vai ter que trabalhar a altura que o momento histórico nos exige, e daqueles momentos que vão estar registrados nos livros de história no futuro. A gente tem que estar a altura que a história nos exige no presente e isso é fundamental e eu percebo esse sentimento em todos — citou.

Segundo informações do g1, 75 mortes foram registradas por conta das chuvas, 103 pessoas estão desaparecidas e 155 feridas. Os temporais tem deixado praticamente todo o estado embaixo da água. Dos 496 municípios gaúchos, 334 registraram algum tipo de impacto por conta da condição climática.

Com isso, cerca de 1 milhão de imóveis ficaram sem água no estado, indicam informações do Uol. Leite teria dito que, se em cada unidade houver três pessoas, isso significa que um terço da população gaúcha está desabastecida. Há também mais de 400 mil pontos sem energia elétrica e algumas regiões ficaram sem rede de telefonia e internet.

Os alagamentos fecharam 17 hospitais e deixaram 75 com atendimento parcial. Alguns pacientes precisaram ser transferidos de helicóptero.

A pressão da água também tem trazido riscos às barragens do estado. Uma delas, que fica entre Cotiporão e Bento Gonçalves, chegou a romper parcialmente. Ao todo, 12 estão sob pressão e duas delas com alerta de emergência.

Ainda na coletiva, o presidente informou que não vai haver “impedimento da burocracia” para a reconstrução e ajuda ao estado gaúcho.

— A gente deve muito ao Rio Grande do Sul sob todos os aspectos. Queria dizer ao povo gaúcho: o que estamos fazendo é dando ao Rio Grande do Sul aquilo que ele merece. Se ele sempre ajudou o Brasil, eu acho que está na hora de o Brasil ajudar o Rio Grande do Sul —, afirmou Lula, segundo informações do g1.

Com informações do g1 e NSC Total

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