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Chuva deve vir somente em fevereiro, alerta a Defesa Civil

Estiagem afeta a região Sul do estado, onde alguns municípios já decretaram situação de emergência. Comunidades da área rural estão sem água

Foto: Carla Giassi/Engeplus

Foto: Carla Giassi/Engeplus

A coordenadoria da Defesa Civil no Sul de Santa Catarina alerta a população para a estiagem que já afeta alguns municípios da região e o risco de que outros continuem sendo afetados nos próximos meses. As previsões meteorológicas não são favoráveis para reverter a situação da seca em tempo de evitar maiores prejuízos, já que deve chover de modo considerável somente a partir de fevereiro de 2013.

Até lá, segundo o coordenador regional Sul da Defesa Civil, Rosinei da Silveira, a melhor precaução é economizar água. "Essa não é a solução, pois a única solução é a chuva, e desde que chova bastante, mas, infelizmente, até fevereiro do próximo ano deve acontecer somente aqueles temporais de final de tarde, o que não resolve o grave problema da estiagem que nos afeta aqui no Sul do estado", afirmou Silveira em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, realizada no auditório da Secretaria do Desenvolvimento Regional (SDR) de Criciúma.

O coordenador lembra que havia o prognóstico de final da estiagem há alguns meses, mas, de julho até agora, não choveu de acordo com a previsão da Defesa Civil. Por este motivo, o alerta é de que os danos sejam ainda maiores a partir de agora. Os municípios de Forquilhinha e Nova Veneza já decretaram situação de emergência devido a seca na área rural. A cidade de Içara deve ser a próxima a pedir ajuda do Governo do Estado e Federal para também abastecer os moradores da zona rural, onde a água já secou.

Empresas estão ameaçando parar a produção por causa da falta de água. É o que confirma o gerente de desenvolvimento econômico, sustentável e agricultura do Estado, Hercilio Jair Antônio de Stefani. "Os levantamentos dos prejuízos ainda estão sendo feitos, a medida que os municípios estão decretando a situação de emergência. Aqui no extremo Sul sabemos que a produção de milho, arroz, leite, os aviários, setor de hortifruti e até o fumo já estão prejudicados", revelou ao PortalEngeplus.

Conforme Hercilio, é preciso planejar a produção e projetar a propriedade, a fim de evitar prejuízos. Inclusive, o Governo do Estado tem programas de incentivo ao armazenamento de água. "Agricultores que procuraram ajuda quando a estiagem ainda era apenas uma ameaça, não perderam sua produção. A maioria deles encontrou um forma de armazenar água, até mesmo da chuva, e, hoje, abastecem as plantações ou os animais com essa reserva", ressalta o gerente.