Segurança

Conselho Nacional dos Direitos Humanos chega a SC para investigar aumento de células nazistas

Visita do órgão ocorre em meio a crescimento de casos e investigações relacionados a neonazistas nos últimos anos.

Foto: Divulgação

Integrantes do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) chegaram a Santa Catarina, nesta quarta-feira (10), para investigar o aumento de células nazistas no estado. Em sete meses, ao menos 17 pessoas ligadas a movimentos neonazistas foram presas pela Polícia Civil (leia mais abaixo).

Até sexta-feira (12), o grupo visitará órgãos de segurança pública e outras entidades que combatem a disseminação de grupos e discurso de ódio. Pelo menos 13 membros do CNDH participam da ações, incluindo representantes da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e Ministério dos Direitos Humanos.

Nesta quarta, o Conselho terá uma reunião com a Polícia Federal e um encontro com o Conselho Estadual de Direitos Humanos. Às 18h, o CNDH participa de uma palestra na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que já foi alvo de casos de neonazismo de alunos e ex-alunos.

Na quinta, o grupo se reúne com a delegacia de Repressão ao Racismo e Delitos de Intolerância (DRRDI). Criado em 2021, o departamrnto já liderou operações contra o crime pelo país.

No Brasil, a Lei nº 7.716, de 1989 prevê como crime “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”, tal como outras formas de divulgação do nazismo.

Em 2023, com a repercussão dos casos, o Ministério Público catarinense criou uma promotoria que atende apenas os crimes de intolerância.

Casos

Entre os casos de maior repercussão nos últimos três anos está as prisões que ocorreram durante o encontro anual de integrantes de uma célula neonazista em novembro de 2022, na Grande Florianópolis.

No local, a Delegacia de Repressão ao Racismo e Delitos de Intolerância encontrou revistas, panfletos e outros objetos com símbolos de grupos supremacistas (vídeo no começo no fim do texto).

O grupo estava em São Pedro de Alcântara, e teria escolhido a cidade catarinense por ter sido a primeira colônia alemã no estado, instalada em 1829. Os homens, alguns com condenações por crimes passados, também são suspeitos de recrutar jovens já radicalizados pela internet.

Em outubro do mesmo ano, a delegacia já havia prendido ao menos quatro suspeitos de pertencerem a outra célula nazista no estado. Os jovens eram estudantes ou tiveram vínculo com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). À época, a instituição afirmou que pediria informações às autoridades para adotar medidas.

Em março de 2023, um professor de uma escola da rede estadual de Santa Catarina que elogiou Adolf Hitler em sala de aula foi indiciado pela Polícia Civil. Ele foi investigado por discriminação de raça e apologia ao crime.

Entre a deflagração da operação em São Pedro de Alcântara até junho de 2023, a Polícia Civil catarinense prendeu ao menos 17 pessoas ligadas a movimentos neonazistas. As detenções aconteceram no estado e em outros locais do país.

Com informações do g1 SC

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