Saúde

Corpo Clínico do Hospital São José deve voltar às atividades normais na segunda-feira

Equipe aguardava um contrato detalhado para retornar ao trabalho

Foto: Karol Carvalho / Rádio Eldorado

Foto: Karol Carvalho / Rádio Eldorado

O Corpo Clínico do Hospital São José deve retornar às atividades normais na próxima segunda-feira (29), após assinar o contrato do convênio entre Governo do Estado e Município. A equipe estava com os procedimentos eletivos paralisados desde abril. 

Em entrevista coletiva na tarde de hoje, a  diretora do corpo clínico do hospital, médica Carmen Gandhi, afirmou que alguns médicos já tinham retornado ao trabalho ainda em maio, após um acordo interno. Sem garantias dos salários e repasse do governo, a categoria resolveu não divulgar.   

"Em maio, quase 40 dias de paralisação, a irmã nos passou uma proposta que imaginou que gestores fariam, na época R$ 780 mil do Estado e R$ 122 mil da prefeitura, com isso foi falado deste valor ao corpo clínico. E após uma assembleia, a maioria dos médicos voltou, mas a outra parte ainda muito descontente, principalmente da área de procedimentos cirúrgicos, não voltou. Eles conseguiram melhorar a hora plantão, o sobreaviso, melhorou a consulta de especialidade, mas não chegou perto de dobrar a tabela que era o queríamos", explica. 

Conforme ela, os médicos voltaram, mas a Irmã informou que ainda havia empecilhos no contrato, e pediu que não fosse divulgado que e os profissionais tinham voltado a trabalhar. Conforme a médica, as atividades do hospital não dependem da decisão dos profissionais, até porque ela já havia sido tomada.

"Já estamos decididos. Só mantemos a paralisação a pedido da administração  do hospital. A irmão nos falou 'se vocês voltarem a atender e ninguém tiver nos passando e o contrato não estiver assinado continuaremos sem poder pagar vocês'", aponta. 

De acordo com Carmem, com o retorno do Corpo Clínico é preciso deixar claro para a população que os médicos evitarão ultrapassar a demanda que está no contrato. "E se o que está no contrato são 200 cirurgias mês, e se no dia 20 do mês nós tivermos feitos essas cirurgias, as outras vão ficar a diante. A população vai ter que entender isso também. Entender que não é aquela questão que os médicos não querem operar ou trabalhar. Foi batido muito no extrateto, eram os R$ 20 milhões que nós tínhamos realizado e não recebíamos. E por vez, a gente já chegou a ouvir do gestor 'vocês fizeram porque quiseram, não estava no contrato'", enfatiza a diretora. 

Segundo ela, desta vez o contrato deve estar bem detalhado explicando o que é obrigação do Estado, do Município e do Corpo Clínico. "Hoje ficou definido, o contrato está  bem avaliado, as partes se entenderam e parece que segunda-feira assinamos. E  então voltamos a atender normalmente", completa.

Com informações do Portal Engeplus