Levantamento da Vigilância Epidemiológica do município leva em conta os óbitos em janeiro
Um levantamento da Vigilância Epidemiológica de Criciúma apontou que 87,5% dos pacientes mortos por coronavírus na cidade estavam sem o esquema vacinal completo. O estudo levou em conta os 16 óbitos registrados no mês de janeiro. Destes, apenas dois tinham recebido as três doses do imunizante.
Foram cinco mortes de não-vacinados, enquanto outros nove estavam com o status incompleto. Todos os 16 mantinham algum tipo de comorbidade.
“Tínhamos o objetivo de saber o porquê desse número de mortes, visto que temos vacinas disponíveis para todos. Os dados nos ajudam a conscientizar a população da importância da vacinação completa, que envolve segunda dose e dose de reforço. Quando você chega no prazo da sua segunda dose ou da sua dose de reforço, você deve fazer, porque os números nos mostram que realmente o esquema vacinal completo salva vidas”, detalha Andréa Goulart de Oliveira, coordenadora municipal da Vigilância Epidemiológica.
No mesmo período, foram registrados 1.136 casos da doença, uma redução de 35% em relação ao ano passado, no momento em que as primeiras pessoas estavam sendo imunizadas na região. O número de mortes foi 16% menor em comparação a janeiro de 2021. Já as internações caíram em 65%.
Segundo Acélio Casagrande, secretário de Saúde de Criciúma, o avanço da variante Ômicron, combinado com o relaxamento das medidas de segurança, fez com que o último mês registrasse um dos maiores índices de transmissibilidade desde o início da pandemia. No entanto, ao contrário dos outros picos de contágio, as quantidades de óbitos e internações não acompanharam o aumento de casos.
Criciúma registra três mortes em 24 horas
O informe diário divulgado ontem pela Vigilância em Saúde de Criciúma mostra que a cidade tem atualmente 822 casos ativos de Covid-19. Há uma semana, este número era de 1.318. A quantidade de internados também diminuiu. São 46, sendo 17 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 26 em leitos clínicos. Entre os moradores de Criciúma, oito hospitalizados não tomaram a vacina, e 11 pararam na segunda dose. Outros oito estão com o esquema vacinal completo.
O município contabilizou três novas mortes. Tratam-se de dois homens, de 88 e 54 anos, e uma mulher, de 86. Com isso, o total de vítimas fatais da doença subiu para 697. O mês de fevereiro, nas primeira duas semanas, já superou janeiro. Foram 18 óbitos registrados até o momento.
A Secretaria de Saúde já aplicou 406.782 doses de vacina em criciumenses, das quais 185.545 destinadas à primeira, 162.702 à segunda e 58.535 para a de reforço. Crianças de cinco a 11 anos já receberam 4.236 doses pediátricas.