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Crianças e idosos se unem para intercâmbio esportivo e cultural

Atividade reuniu crianças do projeto Segundo Tempo e idosos do Serviço de Fortalecimento de Vínculos para a Pessoa Idosa

Nem mesmo as quase sete décadas de diferenças entre a idosa Lúcia Martinhago, 82 e os gêmeos Hian e Hialan da Silva Godói, com apenas 14 anos, foram suficientes para afastar as mãos acolhedoras que serviram de apoio enquanto os pequenos estudantes se equilibravam pelas cordas do slackline.  Pela primeira vez praticando o esporte, os gêmeos contam que não sentiram medo, graças ao apoio dado pelas idosas do grupo Reviver.

Durante a atividade realizada, crianças e idosos brincavam juntos, trocando experiências. “Eu já tinha visto na televisão esse tal do slackline. Ainda não consigo caminhar sozinho sobre o elástico. Sem a ajuda das idosas nós não conseguiríamos brincar", destacou Hian. Já Hialan conta ter ficado surpreso ao saber que as idosas que os ajudaram já haviam praticado o esporte.

A atividade intergeracional faz parte de um dos eixos estruturantes baseados no caderno de orientações do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para a Pessoa Idosa (SCFV). Segundo a psicóloga do Centro de Convivência da Terceira Idade, Jadna Mendes, este tipo de atividade permite a interação de gerações totalmente distintas, além do fortalecimento de vínculos entre crianças que muitas vezes não possuem mais a presença dos avós.

Para a professora do Projeto Segundo Tempo e estudante do curso de Educação Física, Luana Minghelli esta é a primeira vez em que ela participa de atividades com pessoas da terceira idade. Ela afirma que percebeu uma grande interação e muita alegria entre as duas partes envolvidas. “Fiquei impressionada com a disposição dos idosos. Eles deram um show de vitalidade, mostrando para as crianças que a idade não é empecilho de nada”, conta Luana.

A atividade foi desenvolvida em parceria com os técnicos em Educação Física Marlon Gregório Delfino e Maico Manoel, baseado no tutorial de planejamento das atividades a serem desenvolvidas em todo o ano de 2013. De acordo com o técnico Marlon o objetivo do evento foi contribuir para o fortalecimento de vínculos, mostrando para as crianças e adolescentes que os idosos podem ir além do que eles imaginam. “Nós conseguimos provar a todos que a idade não é sinônimo de limitação. Aplicamos duas modalidades de esportes que estão surgindo: o slackline e o frisbee. Ambas desconhecidas por muitas das crianças, mas não pelos idosos, que já realizaram algumas práticas durante este ano”, finalizou Gregório.

Colaboração: Tiago Maciel

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