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Criciúma Construções prevê liberação de 12 obras a proprietários

Empresa quebrou; Ministério Público começou investigação há 2 anos.

Foto: Divulgação

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Parte dos proprietários de casas e apartamentos da Criciúma Construções vão poder finalizar as obras que ficaram inacabadas desde que empresa quebrou. A construtora prevê a liberação de 12 imóveis nos próximos dois meses para que os próprios donos terminem os trabalhos.

O Ministério Público começou as investigações de irregularidade na administração da empresa há dois anos. Nesse período, a Criciúma Construções recebeu um pedido de recuperação judicial. A construtora quebrou há um ano e meio deixou quase 9 mil lesados em várias cidades de Santa Catarina e também do Rio do Sul. Ela tinha 94 empreendimentos.

Nos próximos dois meses, a Criciúma Construções pretende liberar 12 obras aos proprietários para que eles mesmos finalizem as obras. Dependendo do imóvel, o gasto para a conclusão vai variar entre R$ 20 mil e R$ 110 mil, além do que já foi pago.

A construtora ainda vai ter que lidar com empreendimentos que nem foram começados ou que estão embargados pela Justiça. Há quase um ano, um novo gestor indicado por clientes e funcionários tenta recuperar o que sobrou da empresa.

"Vamos chegar em uma situação específica de cada um deles, depois de a gente resolver os trabalhadores, depois que a gente passar o que dá para passar, o que a gente tem pressa. Depois a gente vai mirar esses empreendimentos, não vai ficar nenhum empreendimento sem a nossa atenção", disse o gestor judicial, Zanoni Elias.

Respiro

"Hoje, já temos caixa na empresa para se manter, sem entrar um centavo, por mais de dois anos. Então, hoje a empresa já está em condição de, pelo menos, respirar em paz", afirmou o gestor judicial.

Se de um lado a situação dos 400 trabalhadores dispensados pode ser resolvida com uma nova proposta nos próximos meses, de outro continua a angústia de quem comprou um imóvel e ainda não sabe o que vai ocorrer.

O advogado Marcos Rinaldo, que defende clientes da construtora, acredita que, em quase um ano, pouco foi feito. "Acreditamos que agora, com a votação dos credores para a recuperação judicial, tirando esses empreendimentos da própria recuperação, nós teremos um passo dado muito importante, que é a entrega de alguns empreendimentos".

Prejuízos para os clientes

Para quem teve que adiar os sonhos e soma prejuízos, este problema ainda parece longe de ser resolvido. É o caso da cabeleireira Sidnei Dagostin. Ela comprou uma sala em prédio da construtora no Centro de Criciúma, no Sul do estado, que continua inacabado.

"Estou pagando aluguel de uma outra sala quando aqui já poderia a minha sala estar pronta e eu trabalhando desde 2013, quando ela tinha que ser entregue para nós", lamentou a cabeleireira. "A decepção é muito grande mesmo", finalizou.

Com informações do site G1 SC