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Criciúma terá diagnóstico sobre lixo doméstico

Estudo deve ficar pronto em doze meses

A configuração de um trabalho ordenado de coleta e seleção do destino correto para o lixo em Criciúma será realizada através de estudos desenvolvidos por uma equipe do Parque Científico e Tecnológico (Iparque) da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Os engenheiros vão elaborar projetos e planos para o Sistema de Resíduos Sólidos Urbanos para o município. A ordem de execução de serviço contratado pelo Governo do Município será assinada nos próximos dias pelo prefeito Clésio Salvaro e o reitor da universidade, Gildo Volpato.

Em doze meses os especialistas comprometeram-se a entregar o diagnóstico. Segundo o engenheiro sanitarista da Secretaria de Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana, Roberto Búrigo, o estudo vai apontar detalhes do processo de coleta, transporte e destino do lixo doméstico. “O relatório nos trará informações como o meio de coleta ideal, percentuais de rejeitos descartáveis e recicláveis e se adotamos usinas de triagem para separar os lixos, como e quem vai fazer a coleta seletiva”, explica.

Os recursos nesta etapa de levantamento chegam a R$ 154.840,00, integralmente depositados pelo Governo Federal. O secretário de Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana, José Sérgio Búrigo, salienta que a concepção do plano atende exigência do próprio Governo Federal. “Estamos dando os primeiros passos, seguindo orientações do Ministério das Cidades, para no futuro estarmos habilitados a receber novos investimentos”, justifica.

José Sérgio Búrigo explica que os estudos a serem desenvolvidos fazem parte das metas do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) do Ministério das Cidades. Este complexo e macroplanejamento contempla ações em água, esgoto, drenagem pluvial, varrição pública (resíduos) e doenças infectocontagiosas. O levantamento focará o que vai se fazer com o lixo residencial. Mais adiante devem ser objetos os rejeitos hospitalares, da construção civil, tecnológicos, eletrônicos e pneus.

Criciúma produz diariamente, de acordo com a empresa responsável pela coleta de lixo, JC Lopes, 130 toneladas de lixo. O montante seria maior caso não houvesse a o recolhimento de resíduos destinados à reciclagem, realizado pela Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri). O programa cresce gradualmente e na atualidade os caminhões passam por 17 bairros, além de empresas e voluntários de outras localidades. Em plásticos, papéis, vidros e metais, aproximadamente 60 toneladas ao mês vão para a cooperativa.

João Pedro Alves/Decom Prefeitura de Criciúma