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Criciumenses vivenciam medo em viagem após atentados em Bruxelas

Foto: Agência Brasil

Foto: Agência Brasil

Momentos de tensão e de sustos ilustraram para uma família criciumense os conflitos políticos e sociais hoje enfrentados na Europa. Os atentados terroristas que deixaram 34 mortos e mais de 200 feridos ontem em Bruxelas, na Bélgica, por uma ajuda do destino, não foram vivenciados por Lucimar Colombo Vettorazzi e seus familiares. Com os países vizinhos todos em alerta máxima, cenas de tumulto e fiscalização policial na fronteira foram presenciadas nas estações e rodovias locais.

Reivindicado pelo Estado Islâmico, o aeroporto Zavatem e o metrô Maelbeek foram atingidos por bombas, quatro meses após atos terroristas acontecerem em Paris, na França. Em viagem com o filho Luiz Otávio, 15 anos, os pais e o irmão pelo continente, Lucimar havia pego um trem em Londres, às 8h do horário local, com sentido à capital belga. Faltando 200 quilômetros para chegar ao destino final, por volta das 9h, os passageiros foram avisados pelos funcionários da empresa que o aeroporto de Zaventem havia sido alvo de duas explosões.

Por segurança, o trem parou na estação da cidade de Lille, na França. “Íamos para a estação de Midi, mas ela também sofreu ameaças terroristas. Então, nos avisaram que o trem não iria mais à Bruxelas porque estava tudo fechado para lá”, conta a turista. Neste momento, a sensação de vulnerabilidade e medo tomou conta dos criciumenses. “Na hora sentimos muito medo, sem saber o que fazer porque ninguém falava francês. Nessa estação (em Lille) estavam muitos policiais e militares, onde pessoas foram presas e tiveram suas malas levadas. Foi uma loucura, houve muito tumulto nas estradas, muitas filas”, narra a turista.

Susto no Brasil

Em Criciúma, o esposo de Lucimar, Leandro Vettorazzi, foi surpreendido pelos noticiários e logo entrou em contato com a esposa. “Foi um momento de muito susto, mas assim que deu eu consegui fiz contato com ela, que disse estar perdida por lá”, afirma.  Após o choque com o ocorrido, com auxílio de uma guia turística e por decisão, Lucimar e a família decidiram ir para Bruges, a 100 quilômetros de Bruxelas. Apesar da repercussão e de insegurança que afeta a população, a realidade na cidade é mais amena.

O policiamento também pode ser percebido nas ruas, mas não de uma forma concentrada. “Eles estão todos rondando a cidade em busca de alguma suspeita, mas tudo está sobre controle. Já saímos, fomos jantar fora. Mas, nem queremos ir para Bruxelas mais, na quinta-feira iremos para Paris”, afirma. Conforme Lucimar, muitos brasileiros foram encontrados em viagem pela Europa. “Vimos algumas famílias na estação, na França, e também na recepção do hotel em Bruges”. 

Retornando ao Brasil apenas na próxima quarta-feira, 30, a turista disse que em momento algum cogitou que isso pudesse ocorrer. Mas, perante aos fatos, afirma ter parado para refletir sobre a gravidade dos acontecimentos. “Como recentemente havia acontecido em Paris, achávamos que não viria acontecer novamente. Mas, é algo que pode ocorrer. Com certeza foi uma resposta do Estado Islâmico a prisão do principal suspeito pelo ataque de Paris. É uma situação lamentável”, opina.

Com informações do site Clicatribuna