Geral

Dona Pina completa 100 anos

A moradora mais antiga do bairro Jardim Angélica, Josephina Duzioni Bras, completou 100 anos nesse sábado. Dona Pina, como é carinhosamente chamada, veio morar no bairro aos 37 anos como caseira da fazenda Coronel Pedro Benedet, onde cuidava de Angélica Gaidzinski, filha do Coronel, que dá nome ao bairro. 

Os festejos do centenário foram realizados neste sábado, no restaurante Darolt, no Bairro Morro Bonito, onde boa parte da família esteve presente. Familiares cantaram, e prestaram uma série de homenagens a “Nona”. O município de Criciúma também prestou homenagem. O prefeito Marcio Burigo esteve presente e entregou uma condecoração de honra. “Até hoje esteve apenas em duas festas de pessoas que completaram um século de vida. Por isso é preciso reconhecer essa guerreira que ajudou a construir Criciúma”, disse o prefeito.

Dona Pina nasceu em 20 de junho de 1915 na cidade de Verdellino, Itália. Veio para Brasil de navio no colo dos pais, Alixandre Duccione e Carolina Angeloni. Dois irmãos maiores ficaram na Europa para lutar na guerra. Casou-se com Ibraim Manoel Braz em 13 de janeiro de 1936, com quem teve 15 filhos e adotou mais um. Hoje tem 72 netos, 119 bisnetos e 32 trinetos. Dona Pina chegou ajudar o seu Ibraim nas minas de carvão, já que o valor pago era por produção, por carrinho tirado das minas. Ela trabalhava para o marido nos intervalos para refeições para ganhar mais e garantir o sustento da família. Quando o marido adoecia dona pina tomava frente e fazia o serviço do marido para que ele não sofresse penalização.

Antiga casa de festa do Coronel Pedro Benedet

Na Rua Otto Leopoldo, endereço da filha Fátima, ficava a antiga casa de festas do Coronel Pedro Benedet. Angélica morou na rua, Otto Leopoldo Tiefense. Quem cuidou dela durante muitos anos, foi Josephina Duzzione Ibraim. O nome do bairro, Jardim Angélica, é em homenagem a Angélica Benedet Gaidzinski, a sétima dos treze filhos do coronel Pedro Benedet. Angélica foi casada com Júlio Gaidzinski, com quem teve três filhos: Dorival, Diniz e Diana.

Júlio Gaidzinski ainda teve outro filho com o mesmo nome do pai. Os quatro filhos de Gaidzinski receberam faixas de terras divididas igualmente, o que forma hoje o bairro Jardim Angélica. Já Angélica, viveu quase 20 anos internada num hospital em Florianópolis. Anos depois voltou para Criciúma para morar no bairro que leva seu nome. Angélica morreu em 1997 com 94 anos.

Colaboração: Antonio Rozeng

[soliloquy id=”131591″]