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E novamente, o mundo não acabou

O dia 21 de dezembro de 2012 será mais uma data que entrará para a lista de previsões do fim do mundo que falharam

Os polos não se inverteram. Não teve tsunami, nem terremoto. Tampouco, uma chuva de meteoros. O dia 21 de dezembro de 2012 será mais uma data que entrará para a lista de previsões do fim do mundo que falharam.

Só dos anos 1990 para cá foram pelo menos duas previsões: em julho de 1999 (baseado em uma profecia de Nostradamus), na virada de 99 para 2000 e agora em 2012, com uma interpretação errônea do calendário maia, que supostamente acabaria nesta sexta-feira.

Isso mostra que, de tempos em tempos, surgem novas datas para um possível apocalipse.  Para a psicóloga Claudia Souza de Albuquerque e colunista do DS, estas previsões despertam interesse porque os seres humanos querem controlar as situações.

“O fim do mundo está diretamente associado à morte, sofrimento, incerteza. Apesar de o homem ser o único ser que tem ciência de sua finitude, a morte e a condição de desamparo continuam sendo uma incógnita e podemos dizer que é o maior temor do ser humano. O ser humano gosta de controlar, planejar e o sentimento de insegurança se faz muito forte frente à possibilidade do fim. Por isso as previsões sempre despertam tanto interesse nas pessoas, ou seja, se eu prever, posso me precaver de determinados infortúnios e dissabores frente ao desconhecido. O fim do mundo significa não poder negar o próprio fim, e isso gera desconforto e insegurança”, observou Claudia em entrevista ao Diário do Sul.

Por outro lado, o fim do mundo também está ligado a uma ideia contraditória de punição e de renovação. “Para muitos teóricos do fim do mundo, o fim pode ser explicado como uma punição devido aos caminhos e atitudes erradas da humanidade frente ao planeta. Portanto, o fim viria como uma consequência para uma renovação. Uma vez que o planeta já passou, em outros tempos, por situações semelhantes, como no caso do extermínio dos dinossauros”, diz Claudia.