Agora ele luta na justiça para que as multas e os pontos perdidos na CNH sejam cancelados
Um empresário de Lauro Müller começou na última semana uma luta na justiça para resolver um problema que jamais pensou que iria acontecer consigo. Trata-se de M. N. B., de 56 anos, o empresário do ramo de confecções teve seu veículo, uma caminhonete de cor branca, ano 2010, clonado no estado do Rio Grande Sul.
M., recebeu no final do mês de março duas notificações em sua residência, uma por entregar seu veículo à uma pessoa não habilitada e outra por dirigir sem portar a Carteira Nacional de Habilitação, ambas registradas em município gaúcho localizado a cerca de 150 km de Porto Alegre. Surpreso com as notificações, o empresário, em um primeiro momento, recorreu ao Departamento de Trânsito alegando que o registro teria sido um equívoco, pois ele não havia cometido estas infrações e muito menos esteve com seu veículo nesta cidade.
Posteriormente, M., procurou o delegado de polícia de Lauro Müller, Ivaldo Gregório Inácio, que fez contato com a PM da cidade gaúcha. Com isso, os policias confirmaram que não houve erro e que a placa registrada estava correta, concluindo que há um veículo, igual ao do empresário, no estado vizinho.
A caminhonete clonada se envolveu em um acidente com vítimas em janeiro deste ano e o carro foi apreendido. O que mais chama a atenção é que o veículo foi retirado do pátio da polícia com uma procuração falsa, contendo inclusive a assinatura do empresário, e reconhecida em cartório. “Fiquei muito surpreso. Inclusive escreveram meu nome errado na procuração. É um absurdo isso. Eu sou o único dono deste carro e nem sequer tinha ido antes para o Rio Grande do Sul com ele. Nunca imaginei que um dia fosse passar por isso”, desabafou o empresário, que entrou com um processo na justiça para que os pontos sejam retirados de sua habilitação e as multas canceladas, já que a primeira defesa apresentada por ele foi negada pelo órgão de trânsito.
No total das duas multas, consideradas infrações gravíssimas, somam-se 14 pontos e um valor a ser pago na quantia aproximada de R$ 1,1 mil.
O veículo clonado ainda não foi localizado pela polícia, que possui o nome e o CPF da pessoa que conduzia o veículo no momento das ocorrências. Diante disso, a Polícia Civil gaucha e de Lauro Müller trabalham em conjunto para descobrir quem são os criminosos. Em entrevista ao Portal Sul in Foco, o delegado de Lauro Müller informou que a investigação segue em sigilo para não atrapalhar o trabalho da polícia e por isso, dados do veículo, do empresário e outras informações ainda não podem ser divulgadas.
