Educação

Escolas podem ser fechadas na região

Foto: Jornal Diário do Sul

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Os professores e a comunidade que utiliza a Escola de Educação Básica Senador Francisco Benjamin Gallotti, no bairro de Oficinas, em Tubarão, começaram uma mobilização pelo não fechamento da escola. Este, segundo a SDR, não está descartado, mas também não é confirmado pela regional. 

Conforme o secretário de Desenvolvimento Regional, Caio Tokarski, o que está ocorrendo no momento é uma avaliação da Gerência Regional de Educação (Gered) em todas as escolas da área de abrangência da regional, totalizando 42 em vários municípios, a partir da qual serão traçadas ações para a otimização de recursos – que podem envolver o fechamento de algumas escolas. 

“O caso do Gallotti é emblemático porque existem duas escolas, uma ao lado da outra (no caso, a EEB Visconde de Mauá, localizada próxima ao Gallotti), e ambas não têm alunos suficientes para a estrutura oferecida. Por isso a preocupação fica tão evidente entre os professores, o que compreendo, mas a necessidade na SDR é otimizar os recursos da educação”, declara o secretário. 

Embora enfatize que não confirma o fechamento de nenhuma escola, fica claro na fala de Caio que a possibilidade de uma das duas escolas ser fechada é grande. “Não temos nenhuma definição em relação a nada. Estamos fazendo esse levantamento com visitas nas escolas, nas quais avaliamos o número de alunos, o número de pessoas trabalhando por aluno, o zoneamento, que é de onde são os estudantes da escola, e a estrutura. Vamos finalizar esse trabalho no dia 30 deste mês. Depois disso, vamos nos reunir para definir as ações”, aponta Caio. 

Professores da escola Senador Gallotti defendem que o local é um patrimônio histórico da cidade e que há, hoje, 280 alunos na escola. “Temos esse número hoje porque, por uma situação atípica, da inclusão do nono ano no ensino fundamental, este ano não temos o primeiro ano, mas no ano que voltará a ter. Essa redução e alunos não é um problema de gestão da escola, mas fatores que o próprio governo do Estado interferiu, como a criação da Escola Jovem em Tubarão”, opina Iara Jandira de Quadros Soares, professora e uma das coordenadoras da Comissão SOS Gallotti, movimento que já começou a ser organizado para se mobilizar contra um possível fechamento da escola. 

Conforme Iara, a Comissão é formada por professores, funcionários, membros da comunidade, pais e alunos da escola. “Vamos lutar contra esse ato mobilizando a comunidade, que está do nosso lado. Queremos revitalizar a escola, melhorando-a e trazendo mais alunos, e não que ela seja fechada, deixando nossos alunos sem esse patrimônio, que é uma conquista e faz parte da história da comunidade”, coloca a professora. 

Ontem, os professores mandaram fazer uma faixa protestando contra a possibilidade de fechamento da escola, que foi colocada no local.

Uma das possibilidades que teria sido levantada pela SDR, segundo os professores, seria instalar no prédio do Gallotti a própria secretaria regional e a Gerência de Educação, o que não foi confirmado pelo secretário Caio Tokarski. “A SDR e a Gered possuem sede própria e não estamos procurando outro local para esses órgãos. Caso alguma escola seja realmente fechada, o que será feito com a estrutura é uma decisão do governo do Estado”, afirmou o secretário.

João XXIII

A principal preocupação dos professores e alunos da Escola de Educação Básica Senador Francisco Benjamin Gallotti é que acabe ocorrendo com a instituição de ensino o mesmo que houve com a Escola de Educação Básica João XXIII, no bairro Passagem, que foi fechada em fevereiro deste ano. O anúncio do fechamento da escola foi feito faltando menos de uma semana para o início do ano letivo, através de um ofício da Secretaria Estadual de Educação. Os 123 alunos já matriculados tiveram que buscar uma nova escola. O prédio deve ser cedido à prefeitura e transformado em um Centro de Educação Infantil (CEI).

Com informações do jornal Diário do Sul