O sub-tenente da Polícia Militar, Ênio Sebastião de Farias, é acusado pela morte de sua companheira
A presença de sangue de origem humana foi constatada na tonfa (cassetete) do subtenente da Polícia Militar Ênio Sebastião de Farias, 50 anos, indiciado por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e meio cruel) e ocultação de cadáver. O laudo pericial chegou ontem nas mãos do delegado Raphael Giordani, que coordenou as investigações.
O material referente à perícia foi encaminhado para o setor de genética forense, do Instituo Geral de Perícias (IGP) de Florianópolis para exame de DNA. Ênio é acusado de matar e esquartejar a companheira, a professora Hannelore Siewert, de 40 anos.
Ele confessou o crime, ocorrido no último dia 12 de abril, em Imbituba. Mas não deixou claro de que forma a assassinou. Em depoimento, o acusado contou que a matou com um tiro, mas a análise do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima estava com afundamento de crânio, causado por algum objeto (tonfa), e não havia perfurações.
Ênio foi preso oito dias após o homicídio e está em uma cela especial no 4º Batalhão da Polícia Militar da capital. No dia 16 do mês passado, o delegado enviou o inquérito ao judiciário de Imbituba.
A Promotoria de Justiça do Ministério Público Estadual, com base no inquérito, se convenceu do crime e ofereceu a denúncia, que foi acatada pelo judiciário no último dia 27. Com isso, o acusado passa a ser réu do processo.
Ele poderá ir à júri popular e a sua pena pode variar de 14 a 30 anos de prisão.
Como Hanellore morreu
A professora Hannelore Siewert, de 40 anos, foi morta a pauladas no dia 12 de abril deste ano. As investigações apontaram que o assassinato ocorreu no sofá da sala do casal, na Praia de Itapirubá, em Imbituba.
Segundo Jornal Notisul, o seu companheiro, o subtenente Ênio Sebastião de Farias, 50, a esquartejou, queimou e enterrou o corpo nas dunas da lagoa do Timbé, também em Itapirubá. O carro dele foi encontrado atolado com o porta-malas sujo de sangue dois dias após o crime, em uma estrada de acesso à praia.
Ele fugiu para a cidade gaúcha de Santana do Livramento, onde foi preso. Quando retornou a Imbituba, confessou o homicídio. Já o corpo de Hannelore foi encontrado enterrado perto de uma restinga, na praia, cinco dias depois do homicídio.
O casal vivia em união estável há 18 anos. Os dois brigavam muito devido ao ciúme, alguns rompimentos e voltas.