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Famcri cria projeto para recuperar áreas verdes

Através de medidas compensatórias, empresas vão recuperar pontos degradados e abandonados

Para recuperar áreas verdes na cidade de Criciúma, a Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri) criou o Projeto de Restauração das Áreas Verdes. O programa visa a concepção de espaços urbanos baseada na lei que regulamenta a criação de novos loteamentos.  Os locais são destinados à preservação da vegetação nativa dentro da cidade através de termos de ajuste de conduta (TAC) com empresas que precisarem desmatar para construir.

No primeiro momento foi realizado um levantamento dos espaços na cidade de Criciúma. Segundo o biólogo da Famcri, Renan Yamashita Ferreira, já foi detectado aproximadamente 50% do total de áreas na cidade. “Até o momento temos contabilizadas 115 áreas verdes, sendo que 40 destas áreas precisam ser recuperadas e, a partir deste ano, nós vamos fazer um acordos com as empresas que quiserem construir para a restauração destes locais”, informa. Ele explica ainda que o tamanho das áreas de restaurações varia de acordo com as áreas desmatadas pela empresa.

Para o presidente da Famcri, Salesio Nolla o projeto visa beneficiar a população, através de bons cuidados com o meio ambiente, promovendo a boa qualidade de vida. “Quanto mais áreas verdes em Criciúma, estaremos fazendo ações mais concretas ao meio ambiente. Mais áreas verdes significam regulação climática, intercepção da chuva, diminuição de enxurradas, mais habitat para fauna e preservação da biodiversidade”, destaca Nolla.

O biólogo e idealizador do projeto, Renan Yamashita, revela que até o momento uma empresa entrou na parceria para o projeto. Ele lembra que, se a população conhecer áreas verdes ainda não detectadas pela fundação, podem entrar em contato com a Famcri para comunicá-los.

O empresário Mauro Sônego conta que já participou de duas medidas compensatórias com a Famcri. Na primeira ocasião, em contrapartida, ele teve que doar mudas de plantas. Agora ele vai recuperar uma área, plantando árvores com no mínimo 1,5 metros, colocar placas com informações sobre a importância da preservação e fazer o cercamento do local. “Com esta medida todos saem ganhando. Esta é uma evolução em questões ambientais, pois estamos contribuindo com a flora criciumense”, compreende Sônego.

A instalação de áreas verdes em loteamentos, base deste projeto, faz parte da Lei Federal Nº6776/79, que estabelece para o registro de loteamentos a constituição e integração ao domínio público das vias de comunicação, praças e espaços livres.

Tiago Maciel/Decom Prefeitura de Criciúma