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Fatma notificará posto de gasolina de Criciúma por vazamento de óleo em rio

Foto: Daniel Búrigo / Clicatribuna

Foto: Daniel Búrigo / Clicatribuna

Um novo caso de emissão de substâncias químicas em rio da região foi registrado, desta vez em Criciúma. Há dias é perceptível aos moradores uma crosta de óleo diesel em um grande trecho de afluente que corta o Bairro Quarta Linha. O caso já está sendo acompanhado por técnicos da Fundação de Meio Ambiente – Fatma, após os órgãos de fiscalização ambiental do munícipio vistoriarem a área na última quinta-feira.

De acordo com análises preliminares, a substância teria vazado de um posto de gasolina localizado a 100 metros do local, através da drenagem pluvial. Conforme o gerente regional da Fatma, Filipe Barchinski, para apurar melhor o caso, os proprietários pelo estabelecimento serão notificados dentro de 15 dias.

Ainda que todos os indícios apontem um responsável pela emissão, nada ainda está confirmado que realmente tenha vindo do estabelecimento. O posto de gasolina teria licença ambiental da Fatma para atuar. “Eles tem o direito de defesa. Não temos como comprovar que tenha sido eles, mas de qualquer forma ele será notificado para prestar explicações. Dependendo das respostas, então eles serão autuados”, afirma o gerente.

No entanto, o problema encontra-se controlado, uma vez que o vazamento não está mais ocorrendo no rio. Para recuperar o estrago, o gerente explica que será necessário que primeiro se comprove perante a Justiça quem é o responsável pelo crime ambiental. “O dano naquele local é inegável, mas a recuperação depende de saber quem realmente foi. O fato de não ser algo contínuo dificulta o nosso trabalho”, diz.

O valor de multa para este tipo de caso pode variar bastante, mas pode-se chegar à R$ 20 mil, conforme Barchinski. Técnicos da Fundação do Meio Ambiente de Criciúma – Famcri também estiveram no local para vistorias. Conforme a diretora chefe dos fiscais, Michele Ramos, os encaminhamentos foram dados a Fatma devido a licença do posto junto ao órgão.

Cheiro forte incomoda

As manchas de óleo não só chamam a atenção dos moradores como também causam incômodos pelo mau cheiro. De acordo com a proprietária de uma residência ao lado do rio, que não quis se identificar, o problema já foi identificado há mais de duas semanas. “O cheiro aqui fica horrível, ainda mais durante a noite. Tem uma vizinha que contou que esses dias teve que sair de casa de tão forte que era”, relata. A moradora alega que a vegetação de aproximadamente 20 metros de extensão está morrendo em decorrência do óleo. “Quem fez isso deve receber uma multa, porque isso é um crime ambiental muito sério”, acredita.

Com informações do site Clicatribuna