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Fazenda de soja em Três Barras, no Norte de SC, é ocupada por 250 pessoas do MST

Famílias pedem que área seja usada para reforma agrária

Foto: Angelo Marcelo Schulka / Divulgação

Foto: Angelo Marcelo Schulka / Divulgação

Cerca de 250 pessoas ocupam uma fazenda de plantio de soja em Três Barras, no Norte de Santa Catarina, desde a madrugada de domingo (31). As famílias ligadas ao Movimento Sem Terra – MST pedem que a área seja destinada para a reforma agrária. O dono do local informou que vai pedir nesta segunda (1º) a reintegração de posse na Justiça.  

"Faz anos que este terreno tem dívida com o governo e já foi solicitada a área para reforma agrária. Como não teve resolução, viemos para cá", explica João Maria de Oliveira, que faz parte da coordenação estadual do MST em Santa Catarina.

Segundo o inventariante da fazenda, Sérgio Shimoguiri, o terreno está penhorado pela União devido a uma dívida de crédito rural, que pode ser negociada até dezembro deste ano.

Ocupação

As famílias chegaram à fazenda na localidade de Campininha às 4h da madrugada. "São pessoas de outros acampamentos da região, Canoinhas, Monte Castelo. Só estava o caseiro, foi uma ocupação tranquila, até porque não queremos tumulto. Hoje tivemos uma prosa e eles continuam as atividades normais. Não pretendemos sair", afirma Oliveira.

O proprietário concorda que funcionamento da fazenda não foi afetado pela ocupação. Há maquinas de colheita de soja no local e, no momento de entressafra, há apenas um funcionário fixo. Conforme o site G1 SC, não há colheita. 

Os barracos são divididos por até três famílias. Na tarde desta segunda-feira, oito pessoas do movimento foram procurar a Prefeitura de Três Barras para pedir estrutura de água e transporte para levar às crianças para a escola mais próxima, mas não haviam conversado com o prefeito até esta publicação.

Conforme João Maria, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra foi comunicado da ocupação na manhã desta segunda. A assessoria de imprensa do instituto informou que não sabia da ocupação e que vai intermediar alguma negociação caso a Justiça solicite.