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Filhote de baleia preso em rede é solto

Foto: Sérgio Saraiva

Foto: Sérgio Saraiva

O filhote de baleia jubarte que estava emalhado há alguns dias na região de Garopaba teve um final feliz, após uma operação realizada ontem. 

A jubarte estava presa em uma rede de pesca na enseada de Garopaba e foi libertada pelo Corpo de Bombeiros. O animal, medindo cerca de sete metros, enrolou a cauda nos cabos de uma rede de espera com âncoras e não conseguia sair do local onde estava, a pouco mais de um quilômetro da costa. A baleia estava emalhada pelo menos desde a última sexta-feira, quando o Protocolo de Encalhes e Emalhes da APA da Baleia Franca foi acionado.

“Temos que agradecer aos bombeiros pela coragem e pelo empenho em cortar os cabos e liberar a baleia. São profissionais altamente capacitados e qualificados para situações de risco. Os procedimentos internacionais seguidos pelo Protocolo nesse tipo de situação não recomendam o mergulho para desemalhar as baleias devido aos riscos que a ação acarreta às pessoas envolvidas na operação”, esclarece o chefe da APA da Baleia Franca, Cecil Barros.

De acordo com o 2º tenente Marcos Hoffmann, comandante do Corpo de Bombeiros Militar em Garopaba, que coordenou a ação que liberou a baleia das redes, “a equipe avaliou a situação, consideramos que seria simples cortar os cabos e libertar o animal do emalhe. Da forma que a situação se mostrava, os riscos eram mínimos para os homens”. 

Após o desemalhe, a baleia foi visualizada próximo da praia do centro de Garopaba. Uma equipe do ICMBio, Marinha do Brasil, PBF, R3Animal, Udesc e Polícia Militar, que  coordenam o Protocolo de Emalhes e Encalhes da APA, acompanhou a trajetória da jubarte em seu deslocamento do rumo ao Norte, da praia do centro até o Siriú.

O chefe da APA da Baleia Franca destaca a importância da comunidade, especialmente dos pescadores, comunicarem à unidade de conservação as ocorrências de emalhe. “Nosso objetivo, nessas situações de emalhes de cetáceos, não é responsabilizar ninguém, mas tentar libertar o animal. Não há uma perspectiva de repressão, até porque a pesca é uma atividade permitida na unidade de conservação, desde que de acordo com as normas vigentes. Quanto mais cedo a informação nos chega, menos riscos de morte o animal sofre”, afirma Cecil.

Com informações do jornal Diário do Sul