Segurança

Gaeco investiga denúncia contra vereador de Criciúma

Parlamentar teria exigido metade do salário de um assessor para mantê-lo no cargo

Foto: Lucas Colombo/Clicatribuna

Foto: Lucas Colombo/Clicatribuna

Policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão de documentos hoje (3) à tarde na Câmara de Vereadores de Criciúma e no Posto de Saúde 24 Horas do Bairro Próspera.

A investigação do Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apura uma denúncia feita por um ex-assessor do vereador Moacir Dajori (PSDB). A acusação, segundo reportagem do site Clicatribuna, é de que o parlamentar exigiu metade do salário do funcionário para mantê-lo no cargo. A operação do Gaeco recebeu o nome de “Via Dupla”.

O promotor de Justiça Maurício Medina, que coordena a investigação, ainda não se manifestou sobre o caso. O Ministério Público limitou as informações divulgadas, sob a justificativa de que a divulgação de mais detalhes pode atrapalhar a apuração das denúncias.

Nem o nome do parlamentar foi divulgado pelo MP, apesar de a própria Câmara e do advogado da pessoa que denunciou confirmarem que se trata do vereador tucano. A assessoria da Promotoria de Justiça informou que, talvez, o Ministério Público se manifeste nesta terça-feira para a imprensa.

Denúncia foi orientada por advogado

O advogado do ex-assessor que fez a denúncia, Chalton Schneider, explicou que essa pessoa não concordou com a exigência do parlamentar. “Ele não aceitou, se sentiu constrangido considerou esse ato ímprobo e me procurou. Eu o orientei a procurar os órgãos de investigação e o meu cliente fez isso”, relatou Schneider. Conforme o advogado, o ex-assessor foi cabo eleitoral de Dajori nas eleições do ano passado.

Câmara disposta a contribuir com investiações

O assessor jurídico da Câmara, Ronaldo Cassettari Rupp, ressaltou que o caso diz respeito exclusivamente ao vereador Moacir Dajori. “A Câmara não recebeu nenhuma notificação, porque não está envolvida nas investigações. Por ser a Casa do Povo, a Câmara está sempre aberta para fornecer informações para o Gaeco, o Ministério Público ou qualquer pessoa”, explicou o advogado.

A reportagem do Clicatribuna tentou contato com Moacir Dajori mas, até o início da noite desta segunda-feira, não obteve êxito.