Ingressou no Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep) de Criciúma na noite de ontem, o adolescente de 17 anos, autor confesso do homicídio contra o próprio companheiro, de 16 anos.
O caso, que ainda choca a região, em especial Sombrio, ocorreu no início da tarde de segunda-feira em uma instituição de ensino no município.
O infrator chegou em uma viatura da Polícia Civil de Sombrio, acompanhado por um agente por volta das 20h30min, após ficar desde o dia do homicídio detido na unidade policial.
Segundo o site Clicatribuna, até amanhã ele ficará em um quarto separado dos demais 19 infratores, procedimento este, padrão da unidade socioeducativa. Hoje, o corpo técnico do Casep deve definir em quais circunstâncias o garoto deve ficar apreendido, se separado dos outros ou não, já que ele pode sofrer rejeição dos outros infratores devido à opção sexual. “O Casep está garantindo a integridade física dele, assim como a dos demais”, garantiu um dos funcionários.
Em segredo de Justiça
Sem nenhum tipo de passagem policial, o infrator vai responder a medida socioeducativa por homicídio doloso (quando há a intenção de matar), podendo ficar até três anos apreendido em alguma unidade específica para adolescentes em conflito com a lei.
O Ministério Público e o Poder Judiciário de Sombrio não passarão informações sobre os procedimentos acerca do caso, por se tratar de processo envolvendo menor.
Segundo a Polícia Civil, vítima e autor tinham um relacionamento há cerca de seis meses não aceito pelos familiares, e decidiram cometer suicídio. O mais velho ajudou o outro a se matar asfixiado com um moletom e depois, desistiu do suicídio.
Ele chegou a pedir ajuda a um funcionário da unidade de ensino, mas quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local, o namorado já estava sem vida. O adolescente confessou e revelou os detalhes à polícia. “Tudo se encaixou. Acho bem difícil ele ter falado alguma inverdade”, conta um profissional que participou das apurações.
Mãe do garoto desabafa em rede social
O assunto é um dos mais comentados nas redes sociais. Ontem, a mãe da vítima deixou um desabafo e se defendeu dizendo que não é homofóbica (rejeição a homossexualidade). “Boa noite. Amigos, tudo que estão escrevendo ou falando na mídia sobre meu filho é falso e posso provar, estão falando o que o assassino queria ser do meu filho. Um assassino se achou dono do meu filho, se fez de amigo para conseguir algo mais e não obteve êxito porque este menino de ouro tinha sua família para amparar em tudo. Homofóbica eu, que horror”, descreveu.
A mãe do garoto assassinado por sufocação ainda escreve que o “assassino conseguiu manipular até a mídia. Mas amigos, tem toda uma história desde julho que acompanhei de perto e pode ter certeza que ele matou meu filho justamente por isso, o meu filho estava confuso sim e não eram namorados, e esse assassino como não conseguiu o que queria, resolveu matá-lo”, alegou.