Economia

“Governo ilude o produtor”, afirma associação

De Lorenzi ressalta que, a abertura do mercado japonês não significa compra garantida

Após o anuncio da abertura do comércio da carne suína catarinense para o mercado japonês, a Associação dos Suinocultores de Santa Catarina afirma que fato é ilusão em meio a crise no setor. A informação foi rebatida na manhã desta quarta-feira (13), após o anuncio que o Ministério da Agricultura do Japão abre a fronteira para a exportação do produto brasileiro.

O presidente Lozivânio De Lorenzi ressalta que, a abertura não significa compra garantida por parte dos japoneses. "A China também abriu suas portas para a exportação da nossa carne suína, mas não consome mais do que 1000 toneladas ao ano, considerado pouco. Os chineses aperitivam a nossa carne. O exemplo cabe ao Japão".

Os suinocultores do estado, em especial os da região de Orleans e vale do Braço do Norte, amargam uma forte crise em função do fechamento de barreiras para a exportação e o baixo preço oferecido pelo produto. "Nós tínhamos livre comércio com os países do Mercosul e agora a Argentina fecha suas portas para o mercado brasileiro. Estados Unidos também. Russia continua com o embargo a nossa carne, como os demais países da União Européia. O consumo interno é pequeno", destaca De Lorenzi.

O líder da associação se reuniu na tarde desta quarta (13) em busca de soluções para amenizar a crise no setor. "Vamos pedir o refinanciamento das dividas, inclusive com redução ou perdão dos juros e multas. Precisamos de atitudes mais enérgicas do governo federal, com incentivos ao setor, no qual não acontece", afirma.

De Lorenzi solicitará ainda a compra de 100 mil toneladas do produto para reaquecer o setor, inclusive com a inclusão da carne nos programas sociais brasileiros, como o Bolsa Família.