Segurança

Greve da Polícia Federal compromete serviços à população

Problema maior é na emissão de passaportes, que não podem ser retirados até o fim da paralisação

A Polícia Federal (PF) está em greve deste ontem. Os agentes, escrivães e papiloscopistas (peritos) reivindicam a reestruturação dos cargos e a valorização salarial. Com a paralisação, alguns serviços estão sendo prejudicados e, entre eles, está a emissão de passaportes. “Estamos emitindo apenas os passaportes que já estavam agendados para esta data. Os que já estão prontos só serão entregues em caso de extrema urgência, caso contrário, as pessoas deverão esperar até o fim da greve”, ressalta o escrivão e representante sindical em Criciúma, Marcus Vinícius Signor Pinkoski.

Além dos passaportes, os serviços de fiscalização de produtos químicos, registros de armas, investigações criminais e fiscalização de empresas de segurança privada estão comprometidos. “O que está funcionando em Criciúma são os serviços de plantão, ou seja, os serviços emergenciais, como por exemplo, situações de flagrantes. Além disso, estão sendo realizadas apenas as entrevistas para emissão de passaportes que já estavam agendadas anteriormente à greve”, conta o escrivão.

Em Criciúma, 12 policiais aderiram à greve e, vestidos com a camiseta do movimento, montaram acampamento em frente à delegacia. Faixas de protesto com as reivindicações do policiais foram colocadas no local. “Precisamos ter ensino superior para atuar aqui e somos tratados como se tivéssemos apenas o ensino médio. Queremos valorização e uma reestruturação nos cargos”, revela Pinkoski. Segundo ele, os policiais ganham de entrada 30% menos que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), sendo que as atribuições para os cargos são as mesmas.

A greve continua até sexta-feira, quando os policiais esperam uma decisão da categoria. “Haverá uma reunião sexta-feira e, caso não haja acordo, podemos decidir pela continuidade da greve. Já estamos há muito tempo esperando que as coisas melhorem”, adianta ele.

Segundo o policial, desde a aprovação do aumento, até que eles recebam, o processo é complexo. “O limite para o governo decidir pela reestruturação é dia 31 de agosto, isso para começar a receber apenas no ano que vem. Se passar desta data as negociações só serão feitas em 2013”, salienta Pinkoski.

A Tribuna