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Lauro Müller: fechada há quase 7 anos, maternidade não tem data para ser reaberta

População cobra promessas da atual administração, que afirma estar trabalhando para reabrir espaço, mas entraves acumulados desde o fechamento, estariam atrasando o processo

Foto: Ilustrativa/Divulgação

Desde 2016 as mães moradoras de Lauro Müller têm que procurar outros hospitais da região para dar à luz. Há quase sete anos a maternidade da Fundação Hospitalar Henrique Lage está fechada e, apesar de algumas tentativas de reabertura ao longo deste período, o serviço segue sem ser prestado na cidade. Na época o Município alegou “economia” para fechar o espaço.

As cobranças dos moradores agora são direcionadas à atual gestão municipal, que durante o período eleitoral em 2020 garantiu que já possuía profissionais e as maneiras de buscar os recursos para reabertura.

“Nossos questionamentos se baseiam no que foi prometido à população. Na época foi falado que era viável, que os profissionais já estariam contratados “verbalmente” e que já havia meios de buscar os recursos para a reabertura, só que já se passaram quase três anos, e nada foi feito”, argumentou o vereador Alexsandro Marchioli (PP), acrescentando que “a atual administração nem recebe os vereadores da oposição para falar sobre o assunto”.

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Procurada para dar informações sobre os trâmites de uma possível reabertura, a prefeita Saionara Bora (MDB) afirmou que nesse ano “é humanamente impossível”, mas que o poder público segue no intuito de resolver os entraves que se acumularam durante os quase sete anos de interrupção dos serviços.

Nesse sentido, a diretora do Hospital Henrique Lage, Regina Ramos Antunes, confirmou o trabalho que vem sendo desenvolvido desde que a atual administração iniciou.

“Quando assumimos a gestão da Fundação Hospitalar Henrique Lage, não sabíamos ao certo como estava a questão das regularidades necessárias para o bom funcionamento da instituição, não houve transição”, disse ela. “Nosso pensamento era sim reabrir, porém havia entraves como a questão dos alvarás sanitários, que estavam todos vencidos, e o Centro Cirúrgico inativo, que precisava de adequações perante inspeção da vigilância sanitária”, completou a diretora.

Segundo ela, depois disso a equipe foi priorizando as necessidades. “Nossa situação era bem difícil e, segundo a Regional de Saúde, “havia uma programação para fechar as portas”, seríamos interditados por falta de cumprimentos das notificações que vinham sendo feitas. Somente o setor de psiquiatria manteve alvará ativo até julho de 2020”.

Ainda conforme Regina, pela importância que o hospital representa, foi solicitado novo prazo para cumprir as adequações. “Foi um ano e meio trabalhado e comemoramos nossa vitória. Conseguimos alvará de todos os setores, inclusive o alvará geral pela 2ª vez na história da instituição”, explicou.

A diretora afirma ainda que nesse mesmo período foram iniciadas as tratativas para reforma e ampliação do Centro Cirúrgico, com projeto encaminhado para a vigilância para aprovação. “A maternidade só pode ser reaberta após nosso centro cirúrgico estar funcionando, pois o parto pode não evoluir para normal e necessitar de intervenção cirúrgica, uma cesariana”, argumentou a diretora.

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Ela acrescentou que também será necessário construir salas para a maternidade pois o local onde funcionava, foi projetado para atender as NRs vigentes na reforma e ampliação do Centro Cirúrgico e Central de Material e Esterilização (CME). “Todo serviço que é fechado, quando reabre necessita estar dentro das novas leis vigentes”.

Regina explica ainda que existem conversas com a Secretaria de Estado da Saúde para se certificarem que a maternidade, uma vez aberta, seja habilitada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Temos compromisso sim com nossa população e estamos sempre buscando melhorias para prestarmos um bom atendimento. E sobre a obra, teremos uma boa notícia em breve”, concluiu a diretora do hospital.

Por Simone Costa/Sulinfoco